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Balanço mostra que 60% dos hospitais estão com honorários atrasados

Uma pesquisa aplicada pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, nas 245 casas de saúde sem fins lucrativos do Estado, apresenta um balanço de 2015 e as perspectivas para 2016. As dívidas acumuladas pelos hospitais alcançam um valor histórico de R$ 1,4 bilhões.

No ano passado, o quadro de funcionários reduziu 6% (4 mil demissões). Além disso, 60% das instituições continuam com honorários médicos atrasados; 17% não conseguiram cumprir com o total dos salários de novembro e dezembro, e 35% devem FGTS, INSS e IR.

Na estrutura e no atendimento, a rede que é responsável por mais de 70% do atendimento SUS no Estado, reduziu em 15% o número de procedimentos ambulatoriais. Em relação aos leitos, a redução alcançou 14%, sendo que a rede é detentora de 66,6% dos leitos SUS no Rio Grande do Sul.

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O corte de R$ 300 milhões, ocorrido com o final do Programa de Co-financiamento Hospitalar (IHOSP), ajudou a aumentar a crise do setor hospitalar filantrópico. Já a União, que é a maior fonte de financiamento da saúde, não tem reajustado a tabela de procedimentos.

Em 2015, no âmbito nacional que abrange 218 hospitais sem fins lucrativos, foram 11 mil leitos e 39 mil postos de trabalho fechados tendo como causa direta o subfinanciamento da saúde. Segundo dados da Confederação das Misericórdias do Brasil, a dívida do segmento filantrópico, que hoje representa mais de 50% dos atendimentos do SUS, ultrapassa R$ 21 bilhões no país.

Segundo dados da pesquisa da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, para 2016 a perspectiva é de redução nos atendimentos. Estima-se que mais de 150 mil atendimentos ambulatoriais deixarão de ser feitos; há projeção de redução de 19% dos leitos e 60% dos hospitais afirmam que será impossível manter o quadro atual de funcionários.

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