Bairro Goiás vive nova onda de crimes e moradores relatam sensação de insegurança

Uma nova onda de crimes vem assustando os moradores do Bairro Goiás, em Santa Cruz do Sul. O problema, de acordo com eles, é recorrente. Em fevereiro passado, a incidência de indivíduos suspeitos que rondavam as casas e comércios locais, à espreita, gerou insegurança. Agora, os relatos dão conta de invasões de residências e até mesmo assaltos em via pública.

No último dos casos, uma mulher de 56 anos foi arrastada e teve sua bolsa levada por um bandido de moto. O crime aconteceu na tarde dessa segunda-feira. Ela estava retornando para casa por volta das 17h35, na Rua Presidente Afonso Pena e, quando se aproximava da residência, um homem em uma motocicleta vermelha puxou a sua bolsa e a arrastou por alguns metros. A vítima, em estado de choque, foi amparada por moradores.

Na bolsa estavam os documentos pessoais dela, além de cartões de lojas, de banco e R$ 350,00 em dinheiro. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem foge na motocicleta. A Brigada Militar (BM) suspeita que o ladrão tenha envolvimento em outros crimes graves recentes ocorridos em Santa Cruz.

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E essa não foi a única situação criminosa que aconteceu recentemente. Na quarta-feira da semana passada, às 17h45, a BM foi acionada por moradores para uma ocorrência bastante atípica, na esquina das ruas Rui Barbosa e Fernando Abott. Um homem invadiu uma residência pelo telhado, passando pela chaminé de uma churrasqueira. Dentro da casa, uma criança e a empregada trancaram-se no banheiro, com medo do invasor. A Gazeta do Sul teve acesso a áudios da mãe da criança.

Desesperada, ela informa moradores do bairro sobre a situação e pede ajuda, enquanto o filho e a empregada estão trancados no banheiro. A BM conseguiu entrar no local e prender o invasor. Dentro da casa, foi possível verificar marcas de sangue pelo chão e paredes, que seriam de lesões no suspeito causadas pelo acesso via churrasqueira.

Indagado pelos policiais militares, o homem de 28 anos disse que havia entrado na residência para se esconder de uma pessoa, mas não disse de quem, e admitiu que havia consumido drogas momentos antes. Ele foi levado pela Brigada Militar ao Hospital Santa Cruz para atendimento médico e depois conduzido até a delegacia, de onde foi liberado após o registro do Boletim de Ocorrência.

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“Tendência é piorar”, afirma líder comunitário

Segundo o líder comunitário Jeferson Peres da Silva, outros casos vêm sendo registrados pelos moradores. Ele afirma que, no último sábado, um ladrão entrou em uma residência e levou celulares e dinheiro enquanto os moradores estavam dormindo. Em outra casa, uma bicicleta foi furtada. Um escritório de advocacia, uma barbearia e uma clínica dentária também teriam sido alvo de invasores ao longo dos últimos dias.

“O que mais incomoda a gente aqui no bairro é que, quando prendem o bandido dentro da casa, após invadir, com uma criança de 10 anos e empregada escondidas no banheiro com medo, ele é liberado depois”, opinou Jeferson. Conforme o líder comunitário, muitas pessoas que tinham programado viagem para a virada do ano cancelaram os passeios com medo de que suas casas possam ser alvos de ações criminosas. “A criminalidade vai aumentar. A tendência é piorar nos próximos dias. Precisamos ter uma atenção maior, diante do indulto de Natal dado aos presos, que vão ser liberados”, complementou.

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Jeferson revela que o projeto criado entre moradores e poder público, para ampliar o já estabelecido Programa de Vigilância Colaborativa, da BM e Ministério Público, está saindo do papel. Das 40 câmeras programadas para instalação, quatro já estão em funcionamento e têm ajudado na busca por identificar ações criminosas. Contudo, o líder comunitário acredita que falta maior presença das forças de segurança no bairro.

“Temos uma relação bem próxima com a Brigada, com um grupo (de WhatsApp) direto com eles. De tempos em tempos, há um patrulhamento um pouco mais efetivo, mas que vai se perdendo com o tempo. Queremos nos reunir com os vereadores e pedir providências para que haja uma atuação maior da Guarda Municipal também no bairro.”

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Jeferson Peres da Silva pede maior presença da polícia

BM nas ruas

Conforme o subcomandante do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), major Hélcio Moisés Segú Gaira, a busca da BM por coibir os crimes em toda a cidade e interior é constante. “Temos nossas guarnições de serviço 24 horas por dia. Essas guarnições têm roteiros de policiamento ostensivo por bairros. Isso é aliado às chamadas via 190, na qual o policial mais próximo vai ao atendimento da ocorrência”, comentou.

Para ele, a proximidade da BM com os moradores via grupos ou visitas comunitárias faz com que a prevenção aos crimes seja efetiva. “Com a Operação Papai Noel, não tivemos decréscimos nos atendimentos nos bairros. Realocamos o efetivo, como o administrativo, por exemplo, e passamos a atender os bairros de forma completa. Além de uma ação extra na área central”, disse Gaira.

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