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Bailes de antigamente (II)

Semana passada, lembramos peculiaridades dos bailes de antigamente. Vários leitores enviaram comentários, ajudando a compor o quadro dos antigos salões. 

Os bailes sempre eram um acontecimento e ocorriam a cada três ou quatro meses. Quem quisesse se divertir antes disso precisava se deslocar a outras localidades. O que podia ser algo complicado, com travessia de potreiros, córregos e picadas abertas no mato.

A polonese marcava a abertura. Depois vinham valsas, marchas e polcas. A última música da noite era chamada de “kehraus”, o que pode ser traduzido como “acabou, é hora de ir embora”. 

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Os rapazes costumavam ficar de pé, próximos da copa, de onde observavam as moças que convidariam para dançar. Eles deveriam estar de fatiota (terno) e de sapatos. Elas usavam vestidos longos e costumavam sentar em grupos.


Mercedes e Romário Thier

Os sapatos eram um problema. Feitos de couro, com o tempo ficavam secos e duros. Como as moças e rapazes não eram acostumados a usá-los no dia a dia, acabavam a noite
com os pés cheios de bolhas. 

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Na cidade, a realidade era outra. Os casais chegavam de carro ou charrete e dançavam de traje esporte ou alto esporte. Nos bailes de gala, vestiam as melhores roupas, feitas por modistas e alfaiates. Outro momento especial era o Baile de Debutantes.

A música era uma atração. Santa Cruz sempre teve ótimas orquestras, com violinos, bandoneões, instrumentos de sopro e crooners. Muitas bandinhas eram formadas por famílias, reunindo pais e filhos, irmãos e primos.

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