Uma babá de 20 anos foi resgatada pela polícia quando estava prestes a ser executada, após ser condenada por um “tribunal do crime”, neste domingo, 30, em Piracicaba, no interior de São Paulo. Ela era julgada por ter matado com uma facada no peito o ex-namorado, de 52, durante uma tentativa de estupro.
Familiares do homem, um mototaxista, tinham ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A babá foi sequestrada pelos dois filhos do mototaxista, de 21 e 25 anos, e levada para um cativeiro, em uma casa do bairro Santo Antônio. A Polícia Militar a encontrou algemada e amordaçada, depois de receber uma denúncia anônima. Os dois suspeitos, que foram presos, esperavam uma ordem para cumprir a sentença de execução. Com eles foi apreendido um revólver carregado. De acordo com depoimento da jovem, outras duas pessoas participaram do “julgamento”.
A babá alegou ter matado o ex-companheiro em legítima defesa. Eles tiveram relacionamento durante um ano e meio, mas romperam a relação. No sábado, 29, ele a procurou na comunidade Pantanal, no Bairro Monte Líbano, e queria manter relações sexuais à força, usando uma faca para obrigá-la. Ela contou que, em um descuido dele, pegou a faca e o golpeou. O corpo do homem com ferimento à faca já havia sido encontrado pela polícia sobre uma cama, na tarde de sábado.
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Execução
Em julho deste ano, o Ministério Público Estadual em Piracicaba denunciou 13 envolvidos no julgamento e execução de um jovem de 22 anos, acusado de se envolver com a ex-namorada de um membro do PCC. O rapaz foi agredido, torturado e morto em uma chácara da zona rural em fevereiro de 2015. O corpo foi enterrado à beira de uma estrada. Os 13 integrantes do “tribunal do crime” foram presos.
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