Lançada no dia 29 de novembro deste ano, a minissérie produzida pela Netflix sobre a vida do piloto Ayrton Senna é um sucesso no streaming. Até o momento, foram mais de 53 milhões de horas assistidas, tornando-a a obra de língua não inglesa mais vista da plataforma. O título brasileiro também figurou no top 10 mundial na primeira semana deste mês.
A produção conta com seis episódios e retrata a vida e a carreira do piloto. O personagem principal, Senna, é interpretado por Gabriel Leone, de 31 anos, nascido no Rio de Janeiro. Dirigida por Vicente Amorim e Júlia Rezende, a minissérie também dá destaque a outras pessoas importantes na carreira de Ayrton, como o amigo Galvão Bueno, vivido por Gabriel Louchard, e a apresentadora Xuxa, interpretada por Pâmela Tomé.
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A trama destaca o talento de Senna no automobilismo, e ainda no kart, ele que é considerado um dos maiores ídolos do esporte mundial,. Com o passar do tempo, suas ambições cresceram. Já adulto, se mudou com sua namorada, Lilian de Vasconcelos (Alice Wegmann), para a Inglaterra, onde compete na Fórmula Ford. Determinado, vai em busca do sonho de correr na Fórmula 1.
Na sua curta passagem pela vida, a minissérie mostra por que Ayrton Senna conquistou seu povo, a Fórmula 1, e se tornou ídolo dos brasileiros e do esporte mundial. Ao longo dos episódios, tem-se o início da carreira do piloto, em 1973, e seu feito de se tornar o piloto mais jovem a ser tricampeão da competição, ao vencer os campeonatos de 1988, 1990 e 1991.
A obra retrata Senna passando pelas principais equipes do automobilismo, como Williams e McLaren. No entanto, sua passagem por esta última ficou marcada pela rivalidade com o colega de equipe, o francês Alain Prost. O talento dos dois gera intrigas entre eles, já que ambos disputavam as primeiras colocações dentro da pista, algo muito bem representado na dramatização.
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A série retrata, de forma clara, também a convivência de Senna com Nelson Piquet, interpretado por Hugo Bonemer. Um dia a dia marcado por muitas polêmicas e rivalidades, que iam além da pista, já que ambos tinham visões de mundo diferentes.
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Muitas pessoas ouvem falar de Ayrton Senna e de como ele pilotava de uma forma única. A geração mais nova (como a minha) não viu Senna nas pistas, apenas alguns cortes em vídeos chuviscados de transmissões, a famosa imagem dele erguendo um troféu e a trágica cena da batida.
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A geração pós-1994 cresceu sabendo que ele foi e continua sendo o maior piloto brasileiro da Fórmula 1. No entanto, não viu como realmente foi Senna em vida. A trama mostra que o GP do Brasil em 1991 foi dramático para o piloto, no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Com chuva, apenas com a sexta marcha funcionando no carro e enfrentando imenso esforço físico, o piloto conseguiu a então inédita vitória dentro de casa.
A partir disso, Ayrton ergue a taça com muita dor, uma imagem que ficaria marcada para sempre, assim como a trilha sonora Tema da Vitória, conhecida por qualquer brasileiro. Além, é claro, da famosa frase exaltada por Galvão: “Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil!” A minissérie conseguiu contar em seis episódios quem foi Senna. De boa índole desde cedo, algo que ele levou de sua casa para as pistas. Na trama, o piloto bate de frente com a presidência da Fórmula 1, questionando irregularidades e cobrando mais segurança para os pilotos, o que, como mostra a série, foi negligenciado pela organização das corridas.
Um dia antes da corrida do Grande Prêmio de San Marino, em 1994, na Itália, houve registros de acidentes durante os treinos devido às péssimas condições da pista, com destaque para o acidente do brasileiro Rubens Barrichello e o fatal acidente de Roland Ratzenberger. Na corrida de 1994, Senna estava indeciso sobre correr ou não, devido às más condições da pista e, principalmente, pelo falecimento do colega de trabalho. Mas ele não baixou a guarda e entrou na corrida. A série consegue envolver o telespectador, que chega a quase “tentar avisar” Senna sobre o acidente que aconteceria.
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No entanto, ao fazer a temida volta, uma frase que marcou a todos que assistiam à corrida naquele dia foi dita por Galvão Bueno: “Senna bateu forte”. Outros destaques do documentário são a personagem Laura Harrison (Kaya Scodelario), uma repórter ficcional inspirada nos jornalistas que seguiam a carreira de Ayrton, e Xuxa Meneghel, sua parceira entre os anos de 1988 e 1990. Os dois teriam se conhecido no programa Xou da Xuxa, na TV Globo. Com menos destaque, a apresentadora Adriane Galisteu, interpretada pela atriz Julia Foti, foi namorada de Senna entre 1993 e 1994 e esteve com o piloto nos momentos finais de sua vida.
A aparição dela é limitada na trama. Segundo sites famosos, tratou-se de uma opção da própria família de Ayrton. Ainda assim, Galisteu, sem dúvida, foi marcante na vida de Senna, como no conhecido caso do Fiat Uno que ela ganhou de presente e guarda até hoje. Esse é um dos pontos que chamam a atenção, já que muitos esperavam que fosse mais explorado na série.
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