Uma das principais companhias aéreas da China, a Air China, iniciou uma uma investigação que deverá apurar uma denúncia sobre um voo que partiu de Hong Kong com destino a Dalian. O problema é que a aeronave teria descido 6 mil metros, o acontecido levantou a  de que o avião tenha perdido pressão na cabine porque os pilotos estariam fumando no cockpit e, acidentalmente, apertaram os botões errados. As informações são da CNN.

A denúncia relata que os pilotos confundiram dois botões com ventiladores de reciclagem de ar, o que ocasionou a perda de pressão da cabine e, em seguida, a queda de altitude da aeronave. Ao se darem conta da situação, os pilotos teriam religado os botões. Após o ocorrido, o avião subiu para uma altitude de 7.500 metros e voou até Dalian com um nível de oxigênio abaixo do adequado na cabine.

O voo em questão é o CA106 e desceu de 10 mil metros de altitude para menos de 4 mil metros em menos de nove minutos na última terça-feira, 10. A CNN obteve o dado por meio de um passageiro a bordo  que compartilhou os dados do seu GPS com a emissora.

Segundo informações da imprensa estatal chinesa, a tripulação de cockpit estava fumando a bordo, o que é proibido pelos regulamentos da aviação. 

Foto: Reprodução

A Air China informou que a tripulação está sendo investigada pela Administração de Aviação Civil da China. Segundo o órgão, os investigadores inspecionaram a aeronave e interrogaram a tripulação. As “caixas pretas” do avião foram enviadas ao laboratório para decodificação e análise.

O mesmo passageiro que forneceu os dados de GPS à CNN, Hoby Sun, disse que todos estavam calmos quando máscaras de oxigênio caíram por causa da despressurização. “Não sabíamos o que estava acontecendo. Nem os comissários de bordo pareciam saber”, disse ele à CNN na quinta-feira.

Ele ainda afirmou não estar fisicamente machucado, mas o impacto psicológico parece ter  permanecido. “Quando eu fecho meus olhos, vejo as máscaras de oxigênio penduradas na minha frente”, disse.

A Air China, com sede em Pequim e membro da rede global da Star Alliance, possui uma frota de mais de 600 aviões. O único acidente fatal envolvendo a companhia aérea ocorreu em 2002, quando um Boeing 767 caiu em uma colina o perto de Busan, na Coreia do Sul, matando 129 das 166 pessoas a bordo.