Depois de um lauto café da manhã, seguimos rumo à Guaraqueçaba, sempre agraciados com a exuberante natureza que vislumbrávamos extasiados, durante todo o percurso. De vez em quando cruzava por nós, solitário, algum pescador na sua canoa de madeira, que certamente iria pescar algum peixe para o sustento de sua família. Pelo convívio diário, parecia indiferente a todas estas paisagens deslumbrantes.
Por volta das duas da tarde, ancoramos o barco defronte a uma vila de pescadores, quando então “almoçamos” alguns sanduíches e nos deliciamos com várias latas de cerveja. O Marcão e o Valdomiro aproveitaram para tomar um banho naquelas águas calmas e límpidas do Atlântico.
Munidos com um potente binóculo, cuidamos a movimentação do lugarejo e vimos que lá havia uma grande festa. As crianças brincavam num miniparque e os adultos conversavam e tomavam bebidas.
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Para minha surpresa, visualizei que um dos frequentadores estava usando a camiseta do nosso glorioso Grêmio. Foi uma alegria para os gremistas do barco!
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Depois de algumas horas, seguimos para Guaraqueçaba. Um pequeno incidente fez com que o barco ficasse encalhado num banco de areia, algo logo contornado pela maestria do nosso comandante Valdomiro.
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Após muitas discussões, localizamos a boia que nos orientava para a nova rota, que nos levaria à cidade. Tive muita dificuldade para pronunciar “Guaraqueçaba”, filmava as paisagens e comentava o que via no percurso.
Chegamos quase à noite e, mais uma vez, o Carlitos foi procurar um hotel para o pernoite. Jantamos e, cansados das peripécias do dia, fomos dormir. A cidade é bastante antiga, histórica; pelo tamanho dos iates e dos barcos maravilhosos lá atracados, é muito visitada pelos endinheirados paranaenses e paulistas, que usufruem do local para passeios e pescarias.
POUSADA DA ILHA BELA
Chegamos à Pousada no cair da tarde, tendo uma recepção calorosa do proprietário e dos seus filhos. Ficamos impressionados com a simplicidade do local e de seus anfitriões, acostumados com hotéis confortáveis e cheios de sofisticação, mas confesso que as surpresas que nos aguardavam superaram as nossas expectativas. Os quartos eram limpinhos, com uma roupa de cama cheirosa. Em todas as janelas foram colocadas telas finíssimas, a fim de proteger os hóspedes dos ataques dos mosquitos que, devido aos mangues, proliferam em quantidade exagerada. Para sorte nossa, nos dias que ali ficamos os bichinhos descansaram e nos deixaram em paz.
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(Continua)
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