O Avenida empatou com o São Paulo em 3 a 3 no Estádio Aldo Dapuzzo, em Rio Grande, e marcou o primeiro ponto pelo Campeonato Gaúcho da Série A2. O resultado foi importante pelo fato da equipe alviverde ter sofrido dois gols e depois demonstrar capacidade de reação para virar o placar. A vitória não veio porque o time da casa marcou nos acréscimos.
Para o técnico Rodrigo Bandeira, o empate foi injusto por conta da postura apresentada pelo Avenida em campo. “Já era injusto quando estava 2 a 0 para o São Paulo. A gente estava com um volume de jogo muito bom. A gente não estava correndo riscos. Conseguiram os gols pela qualidade dos jogadores. Seguimos finalizando bastante, o que foi muito positivo no jogo. Mantivemos a intensidade e conseguimos virar. O empate acabou sendo injusto”, avaliou.
Próximo jogo: Avenida x Pelotas
20/04 – quarta-feira – 15 horas
Estádio dos Eucaliptos – Santa Cruz do Sul
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Bandeira classificou a interferência da arbitragem como crucial para o resultado final. “A partir da nossa virada, a interferência da arbitragem nos prejudicou. O que aconteceu no primeiro tempo refletiu no fim. Ele não expulsou um atleta deles em uma jogada para vermelho e o Badico substituiu o jogador na sequência. Poderíamos jogar com um a mais durante 60 minutos. No fim, não precisava dar o escanteio. Já havia passado meio minuto do tempo de acréscimo. Os árbitros se complicam, se atrapalham, e acabam gerando confusão. Ficou de bom a qualidade demonstrada, a intensidade e o poder de reação da nossa equipe”, analisou.
Após a derrota em casa para o Lajeadense, o Avenida conseguiu produzir mais e marcou três gols. Bandeira apontou a evolução do trabalho, o que vai se consolidar nos próximos jogos. “As trocas surtiram efeito durante a partida. Tivemos dificuldades na pré-temporada, com um número menor de atletas e poucos amistosos. Agora já temos uma leitura do início da competição, com um jogo em casa e outro fora. Faremos ajustes para melhorar e não vamos abrir mão de ser competitivo”, observou.
Uma das questões a ser trabalhada é a bola aérea defensiva. A equipe sofreu os quatro gols dessa forma. “O principal é a falta de concentração e imposição. É necessário ter mais confronto, não basta marcar em linha. Quando a cobrança da bola parada é boa, gera uma confusão. Vamos trabalhar esse fundamento específico para não repetir as falhas”, argumentou.
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O treinador comentou sobre a atuação de alguns jogadores que puderam ser utilizados na partida. Jhonata Lima foi escalado como primeiro volante e tem características semelhantes em relação à Jessé, recuado para a defesa. “Ele já jogou Série B como lateral e comigo, no Hercílio Luz, atuou como volante. Está vindo de lesão, enfrentou um jogador de qualidade, ainda está com o ritmo abaixo, mas vai evoluir aos poucos.”
Jeferson foi elogiado pela intensidade na lateral esquerda. “Jogou com força, organizou a linha no seu lado e ganhou confrontos”, resumiu. Sobre Robert, o treinador destacou a ocupação de espaços como centroavante. “O Ayala estava bem por dentro, mas em algum momento a gente teria que trocar. Era um jogo de muita bola aérea e briga por segunda bola. O Robert ataca bem os espaços e o Ayala foi deslocado para o lado”, explicou. Kaique entrou e anotou um belo gol, para empatar o jogo. “Era uma característica que a gente estava precisando. Tem força e jogada individual. Velocidade e profundidade. Fez um bonito gol. Quem entra pode nos ajudar bastante, com qualidade.”
O gol de empate do São Paulo saiu após os 52 minutos, limite dos sete minutos de acréscimos concedidos pelo árbitro Tiago Lemos Clasen. Os jogadores reclamaram do critério, alegando que o escanteio que gerou o gol não poderia ter sido cobrado.
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O volante Jessé acredita que o gol saiu além do tempo de acréscimo. “A gente estava confiante na virada. Conseguimos o mais difícil. O árbitro forçou nos acréscimos, já tinha acabado. Sofremos o gol, mas o importante é que pontuamos”, disse.
Para o meia Igor, a arbitragem prejudicou o Avenida. “É inacreditável. Já tinha passado um minuto quando saiu o gol. É difícil jogar em Rio Grande, fizemos um grande jogo e a vitória escapou por esse detalhe. Temos um time competitivo e estaremos fortes na competição.”
O atacante Kaique alegou que o gramado prejudicou a troca de passes. “Nosso estilo de jogo é bola no chão, com triangulações, infiltrações e velocidade. O campo dificultou e tivemos que se adaptar ao jogo de mais confronto, com muita bola aérea. Vamos corrigir as bolas paradas para a gente conquistar a vitória.”
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