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Avenida completa 80 anos neste sábado

Foto: Rafaelly Machado

Elenco – Goleiros: Ruan Carneiro, Lúcio e Gabriel Laterais direitos: Celsinho, Rodrigo Negueba Laterais esquerdos: César Nunes, Alan Cardoso Zagueiros: Rafael Goiano, Dadalt, Patrick Borges, Jessé Volantes: Chicão, Bruno Camilo, Lucas Lucena, Jhonata Lima, Guilherme Meias: Jean Carlo, Carlos Alberto, Alexandre Extremas: Maikon Aquino, Felipe Cruz, Bruninho, Elias Carioca, Léo Centroavantes: Carlos Henrique, Hélio Paraíba Comissão técnicA – Técnico: Márcio Nunes Auxiliar técnico: Matheus Coelho Preparador físico: Alon Ritter Analista de desempenho: Jean Paulo Dias Preparador de goleiros: Marcelo Kulcynski Médico: Márcio Monteiro Fisioterapeuta: Maurício Fanfa dos Santos Auxiliar de preparação física: Cristiano Silveira da Silva Roupeiro: Iuri Oleiro Massagista: Carlos Eduardo Carlin Assessora de comunicação: Pâmela Gomes Supervisor: Ramon Pedreira

Um clube ascendente no futebol gaúcho, que tem expandido seus horizontes para o cenário nacional e se fortalecido, ao longo dos anos, por meio de um trabalho sério e competente. Essa é a definição resumida que o atual presidente, Marlo João Eisenhardt, faz do Esporte Clube Avenida neste sábado, quando comemora 80 anos de fundação. O clube “verde e branco”, que já levou o nome de Santa Cruz do Sul para uma semifinal de Gauchão contra o Grêmio, em 2018, e para um confronto com o Corinthians, em São Paulo, pela Copa do Brasil, em 2019, segue colecionando momentos de superação e de conquistas.

Presidente Marlo João Eisenhardt | Foto: Rafaelly Machado

Mesmo com os altos e baixos no decorrer das oito décadas de existência, o “Periquito” segue fundindo sua história com a persistência daqueles que acreditam no potencial e no valor do esporte. Muitos foram os que sonharam com o clube. Muitos foram os que contribuíram para a sua construção. Muitos são os que ainda trabalham pela sua solidez e autossustentabilidade. Prestes a iniciar a temporada de 2024, o clube segue firme seu propósito de manter o rendimento em campo para orgulhar o seu torcedor. Nesse aspecto, Eisenhardt frisa que o bom desempenho do grupo colocou o clube mais uma vez no Gauchão em 2024 e na disputa do Campeonato Brasileiro da Série D.

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O Gauchão iniciará nos próximos dias, tendo como primeiro adversário o Internacional. Já o Brasileiro começa em meados de abril e reúne oito equipes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, das quais quatro se classificam para a próxima fase. De modo geral, conforme avalia o presidente, o Avenida tem conseguido se estruturar para alcançar o primeiro objetivo de 2024, que é permanecer na primeira divisão e literalmente cravar as estacas entre as principais equipes do Estado e na elite do futebol gaúcho. “A partir daí, vamos buscar alcançar a classificação e chegar o mais longe possível no Gauchão. Precisamos ser realistas, sabemos que outras equipes importantes, como a dupla Gre-Nal, estão na competição e queremos dar o nosso melhor.”

Embora esteja com o grupo completo para o Gauchão, a diretoria do Avenida segue atenta ao mercado e pode buscar reforços de zagueiro e atacante, de modo a acrescentar alguma característica de jogo e, assim, ampliar seu leque de oportunidades. Já para o Brasileiro, o Avenida conta com um grupo sólido e apto a obter êxito na fase classificatória e subir para a Série C. A partir de agora, o grupo concentra seus esforços na parte técnica e tática em razão da proximidade do calendário de jogos.

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Em meio às preparações para os compromissos em campo, a diretoria também está organizando o seu jantar comemorativo ao aniversário de 80 anos. A previsão é de que seja realizado na próxima semana, na sede do clube, tão logo seja possível reunir o maior número de dirigentes, atletas e associados.

O atleta mais longevo do clube

Foto: Pâmela Gomes

Aos 39 anos, o meia Alexandre Camargo é o atleta com mais tempo de casa no Avenida. Com a marca de 70 gols feitos pelo clube e participação em mais de 350 jogos, ele inicia em 2024 a 17ª temporada usando a camisa do verde e branco. Natural de Ibirubá, no norte do Estado, chegou a Santa Cruz do Sul em 2005, logo após deixar a categoria de base do Internacional, e não imaginava construir, a partir dali, uma história tão sólida. “Vim indicado por um amigo que sabia que o técnico da época queria compor o time. Fiz uns treinos e em seguida fui escalado para ficar”, disse, observando que essa seria sua primeira experiência como atleta profissional.

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Com jogos em andamento, ele lembra que o Avenida estava despontando na Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho. Na época, pelo fato de o Avenida participar de competições no segundo semestre, Alexandre conciliou, já em 2006, participação em jogos pelo time do Novo Hamburgo. Dali em diante, começaria a vivenciar momentos marcantes em campo. “Em 2008, o Avenida começou a receber mais investimento e conseguimos subir para a primeira divisão do Campeonato Gaúcho e disputar a elite estadual no ano seguinte”, lembra.

Naquele mesmo ano, no entanto, foi convidado para jogar fora do País. “Recebi uma proposta e fui para Portugal jogar no Gil Vicente. É um futebol diferente, um lugar bom para morar, me adaptei bem, mas decidi voltar porque o clube estava com dificuldade financeira e os salários atrasavam.” Dois anos depois, estaria de volta ao Avenida. Ao longo da carreira, Alexandre também atuou pelos times do Brasil de Pelotas, Passo Fundo, Novo Hamburgo, Cruzeiro (Porto Alegre), São José (Porto Alegre), Glória (Vacaria) e pelo Nova Mutum, do Mato Grosso.

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Ao recordar as principais conquistas com o Avenida, ele cita dois feitos de 2018: a disputa da semifinal do Gauchão contra o Grêmio e o título de campeão invicto da Copa FGF – Taça Wianey Carlet, que garantiria uma vaga para a Copa do Brasil em 2019, ano em que o clube enfrentou o Corinthians, em jogo disputado em São Paulo.

Mesmo sendo o mais longevo do time, tem planos de seguir contribuindo com o grupo em campo. “Me sinto bem treinando e vou seguir avaliando o meu rendimento durante o ano. Sou feliz no clube. Tenho o carinho e o apoio da torcida e dos atletas, e é o trabalho que eu gosto de fazer”, afirmou. Ao falar sobre a história construída no clube ao longo desses anos, Alexandre resume em uma frase: “Quando me perguntam se sou gremista ou colorado, eu só respondo que sou avenidense”.

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A contribuição da família Eich

Para que o Avenida seguisse ativo no futebol santa-cruzense, se fez necessária a contribuição de muitas pessoas ao longo desses anos. Nos últimos 19, a dedicação de Jair Eich, hoje ex-presidente, foi determinante para que o clube conquistasse cinco acessos para a elite gaúcha e disputasse competições nacionais. Atuando na direção nesse período, Eich acompanhou diversas fases do Periquito, como a grave crise financeira que o clube enfrentou após as campanhas do Gauchão entre 1999 e 2001, que trouxe inúmeras dificuldades para manter o departamento de futebol em atividade.

Em 2004, juntamente com Mário Trevisan e Elstor Desbessell, Eich auxiliou o diretor Chico Koppe na gestão. O objetivo era evitar o que havia ocorrido entre 1990 e 1997, quando o futebol do clube foi paralisado. O desafio era montar um elenco com orçamento baixo. Para tanto, atletas da região, conhecidos pelo destaque nos campeonatos amadores, foram chamados. Os três assumiram o compromisso e puderam conhecer, de fato, o Avenida. A partir dali, o projeto avançaria em 2005, apesar da saída de Mário Trevisan.

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No ano seguinte, Elstor Desbessell tornou-se presidente do Avenida e para a campanha de 2006, a direção passou a contar com jogadores profissionais. O elenco já treinava em dois turnos, com um trabalho mais consistente de preparação. Nos anos seguintes, voos mais altos tiveram continuidade. Em 2007, pela primeira vez, atletas da primeira divisão foram vinculados para que atuassem no Avenida após o encerramento do Gauchão. Em 2008, viria já o primeiro acesso. Dali em diante, seguiram anos de sucessivos períodos de persistência e superação.

Em 2012, Guilherme Eich, filho de Jair, somou-se ao grupo do Avenida e enfrentou períodos de conquistas e turbulências com o clube. Um deles foi a pandemia que, mesmo prejudicando o planejamento financeiro e esportivo, exigiu muita resiliência do grupo. Em 2021, o Avenida ficou perto da promoção e em 2022, com muita persistência, superou desafios e sacramentou o quinto acesso em um intervalo de 15 anos.

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Ao avaliar esse período, Guilherme destaca que o Avenida cresce e se solidifica a cada ano, e agora precisa pensar em se manter entre as principais equipes do Estado e buscar vaga em competição nacional. Jair, por sua vez, observa que, embora tenha tido vontade de desistir em alguns momentos, manteve-se firme no clube por não se sentir “derrotado”. “Alcancei além do que imaginava. Hoje, penso que o maior legado que a gente pode deixar é a continuidade no clube, uma autossustentabilidade mínima para que haja sucessão. Depois desses anos, posso dizer que a sucessão não será fácil.”

Jair e Guilherme Eich: pai e filho acompanham, orgulhosos, a caminhada vitoriosa do clube alviverde | Foto: Rafaelly Machado

Daniro: a “história viva” do Avenida

Daniro Wahrendorff ajudou a fundar o Avenida | Foto: Rafaelly Machado

Os atletas que fundaram o Avenida eram conhecidos como varzeanos, porque se utilizavam de um campo do município para treinar e jogar. A área ficava na esquina da Rua Coronel Oscar Jost e da Avenida João Pessoa, onde hoje funciona a Feira Rural. “Ali na várzea não tinha muita sombra e ao longo da Avenida Independência tinha uma área de plátanos, então a gente ia pra lá. Éramos em torno de 20 jogadores. Um belo dia, numa sexta-feira, durante a concentração para um jogo, o Ermínio Rodrigues, o ‘Ioiô’ (já falecido), disse bem assim: ‘é hoje que nós vamos resolver isso; vamos fundar esse time’ e aí nós fomos para o salão do meu padrasto e fizemos a fundação lá mesmo”, conta Daniro Adolpho Wahrendorff, hoje com 95 anos.

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Em entrevista à Gazeta do Sul, ele, que reside em Brasília desde 1961 e vem anualmente a Santa Cruz para rever familiares e participar das comemorações de aniversário do Avenida, contou que os demais atletas que participaram da fundação, em 6 de janeiro de 1944, já faleceram. O lugar onde fizeram a fundação era o Salão Wahrendorff, que pertencia ao seu padrasto, Valdemar Brum, e que mais tarde viria a se chamar Salão Avenida. “Naquele mesmo dia, o meu padrasto foi convidado para ser o primeiro presidente de honra do Avenida e empossamos a primeira diretoria”, disse, recordando que o primeiro presidente foi Arno Evaldo Koppe.

O nome do clube, segundo Daniro, foi uma referência à Avenida Independência. Dois anos depois, em 1946, o clube filiou-se à Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e no ano seguinte participou do primeiro campeonato oficial de Santa Cruz, patrocinado pela Federação. No dia 8 de junho de 1950, o Avenida inaugurou o Estádio dos Eucaliptos em partida contra o Grêmio.

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Melhorias

Muito além dos reforços no grupo de jogadores, a diretoria do Esporte Clube Avenida tem buscado de forma incessante melhorar as condições daestrutura física. Os trabalhos mais recentes incluem a ampliação do sistema de drenagem do campo e a aeração do gramado, visando à substituição de solo e a reposição de nutrientes. Outra frente tem atuado em melhorias no vestiário dos visitantes; nas salas da comissão técnica, do departamento de futebol e da presidência; e na instalação de ar-condicionado na secretaria e no vestiário. Além disso, estão previstos trabalhos para a melhoria de dois camarotes, para recepção de visitantes e da Federação, upgrade da área próxima às cabines de imprensa e ampliação do setor de cadeiras cobertas, com a colocação de 300 novas unidades.

Ingressos

Para facilitar o acesso dos torcedores aos jogos do Avenida na temporada 2024, a diretoria lançou um pacote promocional, ao valor de R$ 390,00, que dá direito a ingressos para os cinco jogos classificatórios em casa para o Gauchão e para os sete classificatórios em casa para a Série D do Brasileiro, e a mais uma camiseta comemorativa aos 80 anos. Confeccionada em estilo retrô, ela lembra a versão que era usada pelo time do Avenida na década de 1970. “Um dos jogos do Gauchão é contra o Grêmio, e só para essa partida o ingresso individual custa R$ 150,00. Então está muito barato esse pacote”, evidencia o presidente Marlo João Eisenhardt. Outra vantagem é a camiseta. Se for adquirida de forma avulsa, tem o custo de R$ 190,00.

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