Um estudo hidrológico de macrodrenagem contratado pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul e executado por uma equipe da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) está identificando e mapeando os pontos críticos para alagamentos no município. Os trabalhos tiveram início em fevereiro de 2022. O objetivo é evitar transtornos e prejuízos em situações de chuva em volumes extremos, como as que atingiram Santa Cruz em janeiro e fevereiro de 2021.
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Responsável pelo projeto, o professor e engenheiro ambiental Marcelo Kronbauer explica que a primeira etapa teve o propósito de entender o comportamento da microbacia hidrográfica do Arroio Jucuri em diferentes eventos de chuva e a relação com a urbanização. Além de informações governamentais, foram utilizados os dados de estações meteorológicas espalhadas pela região e realizado um mapeamento com GPS do canal principal do Jucuri, também conhecido como Sanga Preta.
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Tudo isso foi feito visando calibrar o modelo que está sendo implementado e mensurar o tamanho do problema que precisa ser enfrentado. A área de drenagem obtida após as análises é de 19,2 quilômetros quadrados, capaz de gerar uma vazão máxima de 16,5 mil metros cúbicos por segundo, ou cerca de 16 mil litros por segundo. “Claro que isso só ocorreria em situações muito específicas e condições extremas, como aquelas que enfrentamos em 2021.” As ações são acompanhadas pelas secretarias municipais de Obras e Infraestrutura e também Planejamento e Orçamento.
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A região estudada inclui partes dos bairros Country, Jardim Europa, Higienópolis, Santo Inácio, Universitário, Avenida, Centro e Várzea. Um dos trechos de maior atenção citados por Kronbauer é a Rua Coronel Oscar Jost e seu entorno. “Percebemos alguns pontos em que há tendência maior para que o Jucuri extravase o seu canal.” Um desses locais é nas redondezas do prédio onde ficam secretarias municipais e outro próximo ao cruzamento com a Rua São José.
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O especialista salienta ainda que a microbacia tem uma resposta rápida às chuvas, tanto para subir como para baixar o nível. “Em questão de duas horas é possível chegar nessa vazão máxima, e, se a chuva parar, a vazão cai com velocidade semelhante.” Para alcançar a capacidade máxima verificada, contudo, a precipitação precisaria ser de 60 a 70 milímetros por hora. Explica ainda que um volume elevado, mas distribuído ao longo do dia, não deve provocar transtornos. “O problema é quando temos essa chuva concentrada em uma ou duas horas.”
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A necessidade de um estudo das microbacias, com soluções de macrodrenagem, já havia sido apontada pelo Plano Municipal de Saneamento Básico, em 2018, na etapa que abordou o Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais.
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