Quem passa pela RSC-287 no trecho entre o Comando Rodoviário da Brigada Militar e o início das curvas de Pinheiral, na saída de Santa Cruz do Sul em direção a Venâncio Aires, até se impressiona com o ritmo intenso das obras que parecem ser de duplicação daquele ponto da rodovia, a mais movimentada da região. O vaivém de máquinas não parou nem no feriadão de Carnaval, sugerindo que, enfim, a obra estaria deslanchando. Mas não é bem assim.

Na verdade, a movimentação é para retirar terra e pedra para a construção do aterro do lado oeste do viaduto que está sendo erguido no antigo Trevo Fritz e Frida. A alça de acesso do lado leste (no sentido Venâncio Aires-Santa Cruz) está bem encaminhada há mais tempo. A previsão da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) é concluir o viaduto em maio, ou seja, a pressa na remoção de material é um bom indicativo.

De acordo com o presidente da EGR, Nelson Lídio Nunes, a duplicação do trecho da RSC-287 próximo ao Comando Rodoviário continua sem previsão. “O material está sendo extraído para fazer o encosto do viaduto, que é o nosso foco neste momento. Por consequência, quando chegar a hora de duplicar a pista, essa parte já vai estar bem adiantada”, disse.

O engenheiro Fábio Medeiros, da empreiteira responsável pelas obras, explica que são duas atividades no local. Uma é a construção do viaduto em si e outra é a duplicação de parte da rodovia, entre a rótula de acesso à Avenida Melvin Jones (que está com o trânsito liberado desde o fim da semana passada) e o posto Nevoeiro. Esse lote já está em fase de pavimentação, ao contrário do outro trecho, a partir do Comando Rodoviário em direção a Pinheiral. “É visível que entre a Melvin Jones e o posto, as obras estão mais adiantadas. A primeira camada de asfalto deve ser colocada na semana que vem”, anunciou.

Medeiros diz que o outro trecho em obras vai demorar para ficar pronto. “Próximo ao posto da Brigada é apenas escavação de material para fazer o aterro do viaduto”, confirmou. O próximo passo deve ser a terraplanagem do terreno. Conforme Medeiros, a EGR estaria com limitações no orçamento, o que justifica a opção por concluir apenas uma parte da obra. A fatia de recursos obtidos no pedágio de Venâncio que é destinada às melhorias seria insuficiente para concluir todo o trabalho ao mesmo tempo.