Foto: Breno Esaki/Agência Saúde (DF)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o primeiro registro de um autoteste para Covid-19 no Brasil na última semana. O produto é o “Novel Coronavírus (Covid-19) Autoteste Antígeno”, da empresa CPMH Comércio e Indústria de Produtos Médicos-Hospitalares e Odontológicos. O produto aprovado usa um swab nasal (uma espécie de cotonete) e dá o resultado após 15 minutos.
Segundo a agência, a avaliação do pedido da CPMH levou 16 dias, incluindo quatro dias utilizados pela empresa solicitante para atender a exigências técnicas feitas pela agência. A Anvisa recebeu 68 pedidos de registros de autotestes e dez foram reprovados.
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As farmácias consultadas em Santa Cruz do Sul ainda não conseguem estimar o prazo para que os autotestes estejam à venda, nem o preço e o volume de cada lote.
Para o infectologista Marcelo Carneiro, o autoteste é importante para o diagnóstico precoce. “A pessoa fica em isolamento domiciliar, assim que é detectado o caso positivo, sem precisar sair de casa. Isso diminui o contágio”, aponta.
Carneiro salienta a necessidade de cuidados, como os testes negativos falsos. “Muitas vezes ocorrem pela coleta inadequada e por ser muito precoce em relação à contaminação”, explica.
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Se uma pessoa tiver o resultado positivo para Covid-19 ao se testar, ela deve se isolar imediatamente, mesmo se não apresentar sintomas. Além disso, é recomendado pela Anvisa usar máscara e avisar as pessoas com quem teve contato recente. Como os autotestes podem dar resultados errados (falso positivo ou falso negativo), é importante procurar um exame de diagnóstico para confirmar o resultado positivo.
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Como o autoteste possui limitações quanto à eficácia, em caso de resultado negativo a orientação da Anvisa é que se não houver sintomas a pessoa deve manter as medidas de prevenção. Se os sintomas aparecerem, deve realizar um novo autoteste ou um exame de diagnóstico.
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Como em qualquer medicamento ou procedimento médico, pode haver eventos adversos. A pessoa que teve a reação deve comunicá-la pelo serviço de atendimento ao consumidor do fabricante ou fazer a notificação diretamente no site da Anvisa.
O kit vem com um dispositivo de teste, tampão de extração, filtro e o swab – uma espécie de cotonete usado para a coleta nasal, a mais comum. O chamado “teste de antígeno” é capaz de identificar o antígeno viral, que é uma estrutura do vírus que faz com que o corpo produza uma resposta imunológica contra ele – os anticorpos.
De acordo com a Anvisa, é indicado utilizar o autoteste “entre o 1º e o 7º dia do início de sintomas como febre, tosse, dor de garganta, coriza, dores de cabeça e no corpo”.
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O autoteste não gera um laudo. Em caso de resultado positivo, a pessoa deve procurar um médico.
De três a sete dias após o surgimento de sintomas. É necessário uma quantidade suficiente de vírus no corpo que o teste possa detectar. Por isso, há casos em que o teste pode ser um falso negativo.
Alguns fabricantes de autotestes recomendam que eles sejam jogados em lixo comum. O risco de contaminação a partir do autoteste é muito baixo.
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O autoteste é relevante quando temos muitos casos positivos em algum local, como está ocorrendo no Brasil. O autoteste também traz agilidade. Se a pessoa testa positivo, ela não sai de casa e avisa os familiares.
A diretoria da Anvisa estabeleceu uma série de requisitos para os fabricantes de autotestes que entrarem com pedido de registro. As instruções para uso, guarda e descarte devem ser claras. Será preciso usar ilustrações para exemplificar as formas de aplicação e a interpretação dos resultados (se positivo, negativo ou inconclusivo).
Apenas farmácias e estabelecimentos de saúde licenciados para vender dispositivos médicos. Ao buscar um desses comércios, certifique-se de que ele possui o registro adequado para essas atividades junto à vigilância sanitária.
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