Foi concluído nesta segunda-feira, 18, o inquérito referente ao feminicídio de Tiara Schlosser, 37 anos, morta pelo marido Roni Belhing, de 49, na noite de 21 de junho. O caso, que chocou a comunidade de Monte Alverne, no interior de Santa Cruz do Sul, foi investigado pela Polícia Civil. De acordo com a delegada Raquel Schneider, que é a responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), não foram identificadas possíveis motivações para o assassinato.
Ao longo das últimas semanas, no entanto, os investigadores colheram depoimentos com familiares, amigos e vizinhos. A algumas testemunhas, o autor do feminicídio teria confidenciado que o casal estaria se separando. Dentre os laudos que faltavam para a conclusão do inquérito, estavam os exames de necropsia nos corpos, que chegaram à mesa dos agentes da Deam nesta segunda-feira, 18, e confirmaram que Roni Belhing esganou Tiara Schlosser dentro do quarto até ela morrer sufocada.
LEIA MAIS: Polícia abre inquérito para apurar o que levou homem a matar esposa no interior de Santa Cruz
Publicidade
Depois, o homem foi até a garagem, onde se enforcou em uma corda. Um laudo da cena do crime, produzido pelo Posto de Criminalística do Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Santa Cruz do Sul, confirmou que não houve envolvimento de outras pessoas no assassinato. Testemunhas relataram que, ao longo dos dias que antecederam o delito, Roni havia mandado os dois filhos – uma menina e um menino – para uma sobrinha dele cuidar. Na tarde do dia 21, parentes teriam tentado entrar em contato por telefone, mas não obtiveram respostas do casal.
O irmão do autor e a sobrinha dele, desconfiados de que algo pudesse ter acontecido, foram até a residência por volta das 17h45. Após arrombar a porta, encontraram o cadáver dele na garagem e o dela no quarto. Brigada Militar, Polícia Civil e IGP foram acionados e compareceram ao local. No dia do fato, a Funerária Halmenschlager foi chamada para recolher os corpos do homem e da mulher. O encaminhamento da situação das crianças, filhos do casal, foi realizado pelo Conselho Tutelar.
LEIA TAMBÉM: VÍDEO: bombeiro que ficou ferido ao cair de árvore é recebido por colegas em Vera Cruz
Publicidade
O caso do dia 21 de junho, em Monte Alverne, foi o primeiro feminicídio registrado em Santa Cruz do Sul ao longo de quase dois anos. 17 dias depois, em 8 de julho, Heide Priebe, de 63 anos, foi morta a tiros pelo ex-namorado Servo Tomé da Rosa, de 69, no Centro. A responsável pela investigação dos dois casos foi a delegada Raquel Schneider. Segundo ela, é importante fazer um alerta à comunidade de que não há vergonha em consultar profissionais que ajudem nas crises emocionais.
“Devemos pensar que pode sim haver uma saída alternativa. Serviços de suporte como o Centro de Valorização da Vida, pelo telefone 188, podem ser procurados pra quem se vê diante de tamanha dor”, disse ela. “Sobre o feminicídio de Tiara, encerramos mais um caso trágico advindo de um conflito entre o casal que não era de conhecimento dos familiares e amigos. Não há culpados a serem buscados. Não podemos fazer sensacionalismo em casos assim. Estamos lidando com dores humanas muito profundas”, complementou a titular da Deam.
Publicidade
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
This website uses cookies.