Autor de feminicídio e suicídio fez tratamento para depressão há um ano e meio

Permanece em investigação pela Polícia Civil o caso recente que gerou grande repercussão em Candelária: o feminicídio seguido de suicídio. A delegada Alessandra Xavier de Siqueira informou que ela e sua equipe continuam apurando informações para esclarecer por completo a tragédia familiar ocorrida no dia 1º de maio.

Por volta das 3h30, Sérgio de Fraga, de 44 anos, matou a esposa Daiana Ellwanger, de 40, a golpes de faca. O crime aconteceu após uma discussão entre o casal na residência da família, na Rua Herculano Manoel Ferreira, Bairro Rincão Comprido – onde também funcionava o salão de beleza da vítima. Em seguida Sérgio ligou para os pais, que moram em Vale do Sol, e contou que tinha matado Daiana e se mataria.

Os familiares acionaram a Brigada Militar. Contudo, quando os PMs chegaram à residência, avistaram ainda de fora da casa o homem pendurado por uma corda, enforcado. Entre as evidências obtidas pela polícia está uma carta, escrita por Sérgio, na qual pede desculpas aos pais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser chamado, mas constatou a morte dos dois no local.

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Técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) estiveram na residência e coletaram os primeiros elementos para a investigação. Conforme a delegada, não havia registros de violência doméstica entre o casal. A Polícia Civil aguarda os laudos na cena do crime para confirmar se a dinâmica foi, de fato, a identificada até o momento – que é de feminicídio seguido de suicídio. Testemunhas, familiares e pessoas próximas também estão sendo ouvidos.

“Há um ano e meio atrás ele fez tratamento para depressão, mas não sabemos se ele seguia com algum procedimento, até porque não encontramos medicamentos na casa”, comentou a delegada. Sérgio de Fraga estava desempregado, enquanto Daiana trabalhava como agente de saúde na Prefeitura de Candelária, além de manter o salão de beleza.

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