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Caso Heide

Autor de feminicídio é indiciado por três crimes

Foto: Rafaelly Machado/Banco de Imagens

Servo Tomé da Rosa, de 69 anos, é autor confesso da morte de Heide

Foi remetido ao Poder Judiciário no final da tarde dessa sexta-feira, 15, o inquérito referente ao feminicídio registrado na última sexta-feira, 8, em Santa Cruz do Sul. O caso, que chocou a região, aconteceu por volta das 17 horas, na Travessa Tenente Barbosa, no Centro. Enquanto caminhava e tentava fugir da abordagem agressiva do ex-companheiro Servo Tomé da Rosa, de 69 anos, Heidi Juçara Priebe, de 63 anos, foi baleada por ele. O autor atirou à queima-roupa contra ela.

Um disparo acertou a cabeça e outro o braço. Neste último tiro, o projétil entrou pela lateral do corpo e atingiu o pulmão. Embora tenha sido levada ao Hospital Santa Cruz (HSC), Heide não resistiu e veio à óbito ainda na noite de sexta-feira. Servo tentou tirar a vida com um tiro no peito, mas sobreviveu após receber atendimento médico.

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No inquérito, assinado pela delegada Raquel Schneider, que é a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o autor confesso do feminicídio foi indiciado por três crimes: perseguição, violação de domicílio e homicídio duplamente qualificado. As qualificadoras – dispositivos que podem ampliar a pena – foram elencadas pelo feminicídio (fato de a vítima ser mulher) e pelo motivo fútil (término do relacionamento).

Sobre a perseguição, ficou comprovada a sequência de atos do autor na busca por perturbar a privacidade da vítima. A respeito da violação de domicílio, a delegada Raquel explicou que, ao longo dos dias de investigação, diversos fatos foram apurados e um, em específico, comprovou que Servo Tomé da Rosa havia entrado na casa da vítima, sem que ela soubesse, dias antes de cometer o assassinato.

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“Trabalho árduo”, diz delegada Raquel

Dentre as provas técnicas, está o laudo de necropsia no corpo de Heide, que comprovou que a morte se deu pelo tiro que perfurou o pulmão, e não o que atingiu a cabeça dela. “Também, foram ouvidas testemunhas oculares, o médico que a socorreu no local do crime e vizinhos. Em um dos depoimentos, consta que chegaram a pensar que os disparos eram de espoleta, porque ela não tinha uma gota de sangue na roupa”, comentou a delegada.

“Foi uma semana intensa, de trabalho árduo, que envolveu toda a equipe da delegacia, pois trata-se de um caso que causou uma comoção geral pela sua apuração. Estávamos todos consternados com o ocorrido, mas precisávamos realizar um trabalho neutro, imparcial, e que revelasse a verdade dos fatos”, complementou a titular da Deam. Servo Tomé da Rosa foi conduzido ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul logo após deixar o HSC, na tarde da última segunda-feira, 11. Ele será julgado no Tribunal do Júri.

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Neste domingo, 17, uma passeata com início marcado para as 14 horas será realizada por familiares e amigos de Heide. O objetivo é conscientizar sobre violência doméstica e não deixar casos como esse caírem no esquecimento. A saída será da Praça Getúlio Vargas e passará pela Praça da Bandeira, Amsterdam e 13ª CRS, até o local onde ela foi alvejada.

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