Um dos casos de feminicídio mais emblemáticos da história de Santa Cruz do Sul teve um novo desdobramento jurídico importante. Servo Tomé da Rosa, atualmente com 71 anos, condenado a uma pena de 33 anos, um mês e 20 dias de prisão por ser o autor confesso do assassinato a tiros de Heide Juçara Priebe, de 63, teve a pena reduzida pela Justiça em cerca de dez anos.
A revelação foi feita pelo defensor público Arnaldo França Quaresma Júnior ao apresentador Cristiano Silva, no podcast Papo de Polícia que foi ao ar na última terça-feira, no YouTube do Portal Gaz. O tempo final de condenação passou a 23 anos, dois meses e 27 dias. Entre outros fatos, o representante da Defensoria Pública detalhou bastidores de como foi sua participação no caso de repercussão, que aconteceu em 8 de julho de 2022 no centro de Santa Cruz.
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Na data do julgamento, em 6 de julho do ano passado, os sete jurados – quatro homens e três mulheres – que formaram o conselho de sentença condenaram o réu com o máximo rigor, reconhecendo todos os crimes imputados a ele: perseguição, violação de domicílio e homicídio triplamente qualificado pelo feminicídio (fato de a vítima ser mulher), motivo torpe (término do relacionamento) e recurso que dificultou a defesa da vítima (Heide ser pega de surpresa).
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“As qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio têm entendimento de que as duas não podem ser acumuladas, então sustentei isso. Também alguns outros crimes ali poderiam ser absorvidos pelo delito de perseguição, e teve uma causa de aumento de pena que pedi pra diminuir”, detalhou Arnaldo, no podcast, sobre seu recurso. “É direito do acusado ter acesso ao recurso e a uma revisão da pena, então recorremos como fizemos sempre”, comentou o defensor público.
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