Autor de disparo que matou jovem alega legítima defesa

Uma série de diligências em um rápido trabalho de investigação permitiu que, em menos de uma semana, a Polícia Civil de Rio Pardo identificasse o autor dos disparos que vitimaram Murillo Figueiredo dos Santos, de 23 anos, na madrugada de quarta-feira da semana passada, no balneário Porto das Mesas. O acusado, de 36 anos, que não teve o nome revelado pelas autoridades policiais, prestou depoimento ao delegado Anderson Faturi.

Ele mora em uma propriedade que fica às margens do balneário, próximo de onde o fato aconteceu. Ao lado de seu advogado, admitiu que efetuou disparos em direção ao barco tripulado por Murillo. A bordo também estavam o avô da vítima, de 62 anos, a irmã, de 9, e um primo de 14 anos. O suspeito disse que só atirou porque, antes, teria sido alvo de um disparo efetuado pelos ocupantes da embarcação.

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“É uma versão que até agora não é corroborada pelas provas que obtivemos. Ele alegou legítima defesa, em virtude de ter recebido esse disparo de um barco que estava à beira do rio, e que já estava preocupado em virtude da incidência de crimes de abigeato no local”, comentou Faturi. Duas armas, que teriam sido usadas pelo autor no crime, com registros para uso, foram apreendidas pela DP de Rio Pardo: uma espingarda calibre 12 e uma pistola calibre 380 com três cartuchos.

Cinco testemunhas já foram ouvidas no decorrer do inquérito, que apura esse que é o primeiro homicídio do ano em Rio Pardo. “Estamos aguardando a perícia nessas armas apreendidas e também o laudo de necropsia no corpo da vítima. Essas provas técnicas, com mais algumas testemunhas, irão esclarecer pontos duvidosos que ainda estão pendentes na investigação”, salientou Anderson Faturi.

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Relembre o caso
Murillo Figueiredo dos Santos, de 23 anos, morreu na madrugada de quarta-feira, último dia 24, em Rio Pardo. Familiares contaram que pouco depois da meia-noite de terça para quarta, o jovem estava junto do avô, que tem 62 anos, a irmã, de 9, e um primo de 14 anos em um barco no Rio Jacuí, quando foram alvos de disparos. O avô foi atingido por tiros de raspão no braço e outro na perna, na altura da coxa.

Assustado, Murillo teria pulado da embarcação e desaparecido dentro da água. Até então, não se sabia se ele havia sido ferido pelos tiros. O corpo do jovem foi encontrado por seu tio às 8h30 de quinta-feira, 25, no Rio Jacuí, cerca de 200 metros abaixo do balneário Porto das Mesas e a dois quilômetros de onde os disparos foram feitos. O cadáver tinha duas marcas de tiros, no tórax e nas costas.

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