Autismo ou Transtorno do Espectro do Autista (TEA) é uma condição médica caracterizada por déficit na comunicação social (socialização, comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam. Há desde pessoas com outras doenças e condições associadas, como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.
As causas do autismo são principalmente genéticas. Há outras hipóteses como a ausência de neurônios-espelho (fundamentais para o aprendizado por imitação). Privações afetivas e traumas no início da vida também pode estar associados ao não desenvolvimento pleno desses circuitos cerebrais ou poda neural inadequada.
Alguns sinais de autismo já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, até mesmo antes em casos mais graves. Há uma grande importância de se iniciar o tratamento o quanto antes, mesmo que ainda seja apenas uma suspeita clínica, ainda sem diagnóstico fechado, pois quanto antes comecem as intervenções, maiores são as possibilidades de melhorar a qualidade de vida da pessoa.
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Podem ser indicativo de TEA: crianças que não mantêm contato visual por mais de dois segundos, não atendem quando chamadas pelo nome (afastar surdez), isolam-se ou não se interessam por outras crianças, são muito presas a rotinas a ponto de entrar em crise, não brincam com brinquedos de forma convencional, fazem movimentos repetitivos sem função aparente, não falam ou não fazem gestos para mostrar algo, repetem frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia), não compartilham interesses e atenção, apontam para algo ou não olham quando apontamos algo, giram objetos sem uma função aparente, têm interesse restrito por um único assunto (hiperfoco), não imitam, não brincam de faz-de-conta e têm hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.
São diagnosticados de uma forma crescente nas últimas duas décadas. Atualmente, estima-se que a prevalência seja em torno de oito casos em cada 10 mil crianças (0,08%). É diagnosticado com uma frequência quatro vezes maior em meninos do que em meninas.
O absurdo fechamento das escolas durante dois anos pelo governador do Estado e pelos prefeitos municipais atrapalhou de forma intensa o diagnóstico e tratamento dessas crianças, além de causar atraso significativo no desenvolvimento neuropsicomotor de todas as crianças. Crime hediondo contra os infantes e famílias.
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O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar. Os pacientes podem se beneficiar com intervenções de vários profissionais, conforme a necessidade de cada autista. Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios no aprendizado e na interação social.
Não há remédio específico para o TEA. Alguns sintomas como irritabilidade, agitação, autoagressividade, hiperatividade, impulsividade, desatenção, insônia e outros podem ser tratados com medicamentos. Há alguns estudos promissores com canabidiol na redução de sintomas e melhora funcional.
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