Os números da Covid-19 em Santa Cruz do Sul e na região nas últimas semanas chamam a atenção. O salto nos casos positivos fez com que os estabelecimentos de saúde voltassem a adotar medidas que já haviam sido suspensas, como a obrigatoriedade do uso de máscaras e a restrição para visitas a internados. Além disso, outro problema que persiste é a grande quantidade de pessoas com a vacinação em atraso, sobretudo as doses de reforço.

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Em Santa Cruz, conforme o último boletim epidemiológico, são 47.898 casos confirmados desde o início da pandemia, que resultaram em 414 óbitos. Há ainda 309 pessoas positivas e em isolamento domiciliar. Na comparação com o boletim divulgado no dia 14 de março, são 1.054 registros a mais. Mesmo nesse contexto de subida, nenhum óbito foi notificado no período, bem como não há santa-cruzenses internados nos hospitais do município, somente dois pacientes oriundos de outras localidades.

Conforme as informações da Vigilância Epidemiológica, desde a segunda semana de março são cerca de 140 novos casos diários da doença. Apesar de elevado, o número está em queda na comparação com os primeiros meses do ano, época em que o panorama era mais preocupante. Para conter o avanço do coronavírus, as unidades de saúde intensificaram a testagem dos sintomáticos respiratórios, visando que os infectados sejam identificados e não transmitam para outras pessoas.

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Outro ponto de destaque é a vacinação em atraso. Conforme os dados da Secretaria Estadual da Saúde, 8.069 pessoas não retornaram aos postos para completar o esquema primário (primeira e segunda doses) – 4.728 adultos, 1.027 adolescentes e 2.314 crianças. Tratando-se da terceira dose, ou primeiro reforço, o cenário é bem mais preocupante: 40.827 pessoas deixaram de receber o imunizante, o que corresponde a 36,13% do público total apto. Já a quarta dose, ou segundo reforço, que está disponível para a população geral acima de 35 anos, tem ainda mais atrasados: 27.657, ou 50,36% do total.

Conforme o coordenador do Programa Municipal de Imunizações, Roger Rodrigues Peres, os motivos para o quadro atual são diversos, mas ele garante que o Município segue com ampla divulgação dos locais disponíveis e públicos aptos à vacinação. Além disso, os agentes comunitários tratam sobre o tema nas visitas diárias e segue o trabalho de conscientização em instituições de longa permanência e casas de saúde. “O início da campanha de imunização contra a Influenza é uma oportunidade para a realização de duas vacinas, caso seja necessário”, observa. Salienta ainda a presença do ônibus da Secretaria Municipal da Saúde nos eventos realizados em Santa Cruz do Sul, no qual é possível receber as doses faltantes.

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O secretário municipal de Saúde, Elstor Desbessell, pede ainda a colaboração da população. “A Prefeitura vem realizando todos os esforços a seu alcance para promover a vacinação. No entanto, é necessária uma maior sensibilização da comunidade para a importância de se vacinar”, afirma. Ele reforça que, ao se imunizar, o indivíduo não está protegendo somente a si mesmo, mas colabora para impedir a transmissão do vírus nos ambientes. “Precisamos da ajuda de todos para que a Covid-19 deixe de ser uma preocupação para a sociedade.”

Novas regras nos hospitais

Em função do aumento do número de casos, que ocorre também entre os funcionários, algumas casas de saúde da região retomaram protocolos que haviam sido extintos. O Hospital São Sebastião Mártir, de Venâncio Aires, tornou novamente obrigatório o uso de máscaras por todos nos ambientes internos. Já o Hospital Vera Cruz apenas recomenda a medida, que passa a ser exigida somente em pacientes com sintomas gripais. Além disso, a instituição suspendeu temporariamente as visitas aos internados para reduzir o fluxo de pessoas e evitar surtos.

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