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Aumento nas vagas de emprego em Santa Cruz indica recuperação

O balanço de novembro da geração de postos formais de trabalho em Santa Cruz do Sul indica que a prometida recuperação na empregabilidade tende mesmo a se confirmar em 2017 e, após dois anos com demissões superando as contratações e uma perda de mais de 2,1 mil vagas, o município deve encerrar dezembro com saldo positivo.

Os números foram divulgados ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados  (Caged) e deixam claro que, após um longo período de recessão, a curva do emprego está mudando de direção. Apenas em novembro foram criadas 291 vagas. No mesmo mês de 2016, o saldo era mais tímido (124), enquanto em 2015 o município registrava 352 desligamentos a mais. No acumulado dos primeiros 11 meses do ano, foram 560 empregos gerados, ante 123 em 2016. Já em 2015, foram 488 demissões a mais. “Parou de piorar e começamos a crescer de novo”, comemora o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Flávio Bender.

Os dados mostram ainda que é o setor de serviços que vem puxando a retomada. Enquanto no ano passado, com o freio no consumo, o segmento amargava o fechamento de mais de 200 vagas, neste ano a situação se inverteu e 236 postos já foram criados até agora. Isso, conforme Bender, é reflexo da recuperação da renda familiar, graças à queda na inflação (que após chegar aos dois dígitos em 2015, caiu a 1,94% no mês passado) e à redução na taxa de juros (hoje em 7%). “Hoje as pessoas também não têm mais o receio de perder o emprego como tinham e isso encoraja o consumo”, observa. 

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O comércio também registra saldo positivo no acumulado do ano, mas bem menor. A tendência é que o desempenho seja melhor em dezembro, devido à perspectiva da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de aumento de até 10% nas contratações de fim de ano. Já a construção civil teve um desempenho pior.

No caso da indústria, principal motor da economia local, o emprego vem sendo favorecido pelo aumento na demanda por trabalhadores temporários na indústria do tabaco – em torno de 2 mil contratos a mais do que na safra passada – e pelo crescimento no setor metalúrgico, o que reflete principalmente nos investimentos feitos pela Metalúrgica Mor.

Outro fator que, segundo Bender, pode estar favorecendo a geração de vagas é o fato de, com o arquivamento das denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB) pelo Congresso Nacional, não haver mais perspectiva de troca no governo federal antes da eleição do ano que vem, o que estabelece um cenário mais favorável a investimentos.

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Expectativa é boa para 2018

Com os sinais claros de retomada do emprego, a projeção para 2018 é de um ano melhor. Embora as incertezas quanto ao resultado da eleição presidencial possam frear os investidores e o grande número de feriados prolongados possa atrapalhar a produtividade, no caso de Santa Cruz, a expectativa gira em torno de investimentos privados já anunciados e que podem, segundo cálculos da Prefeitura, gerar mais de 200 vagas nos próximos meses. 

Os principais são a fábrica de cigarros da Japan Tobacco International (JTI), a ampliação da Dupont Nestlé e a implantação da unidade da distribuidora de bebidas Giro. O desempenho do setor de tabaco e a continuidade da reação nos setores de serviços e comércio, porém, também serão determinantes.

Demissões crescem no Brasil

Embora a expectativa, com a entrada em vigor das novas formas de contratação estabelecidas pela reforma trabalhista, fosse de saldo positivo no emprego em novembro no Brasil, o resultado foi o contrário: 12,2 mil postos fechados. O único setor que contratou mais do que demitiu foi o comércio. Já no acumulado do ano, o saldo é de 299,6 mil empregos criados. No mesmo período do ano passado, o balanço era negativo.

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Na contramão do País, o Rio Grande do Sul liderou a criação de empregos formais no mês passado entre os estados, com 8.573 admissões a mais do que desligamentos.

OS NÚMEROS

ANO A ANO
2017: 560    
2016: 123        
2015: -488    
2014: 1.993        
2013: 1.574    
2012: 3.178        
2011: 2.633    
2010: 3.532

SETOR 2016 | 2017
Indústria: 340 | 448        
Comércio: -40 | 8        
Serviços: -209 | 236            
Construção civil: -68 | -208
Estão listados apenas os principais setores.        

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NA REGIÃO
Venâncio Aires: 570
Santa Cruz do Sul: 560
Candelária: 497
Vera Cruz: 155
Encruzilhada do Sul: 53
Sinimbu: -17
Vale do Sol: -19
Rio Pardo: -106

NO ESTADO
Gravataí: 1.994
Caxias do Sul: 1.835
Canoas: 1.187
Passo Fundo: 1.099
Santa Cruz do Sul: 560    
Triunfo: 525    
Pelotas: 374 
Novo Hamburgo: 195
Rio Grande: -1.483
Porto Alegre: -7.977

*Dados se referem ao período de janeiro a novembro.

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