Categories: Regional

Aumento de contêineres em Santa Cruz incentiva separação de lixo

Com o objetivo de melhorar as condições da limpeza pública de Santa Cruz do Sul e incentivar a separação de resíduos, a Prefeitura ampliou o serviço de coleta automatizada. Em operação desde 2014, há cerca de um mês o sistema teve o incremento de mais de 230 contêineres. Hoje são 550 distribuídos em pontos estratégicos, como nos bairros Independência, Universitário, Santo Inácio, Senai, Goiás, Avenida Euclydes Kliemann, parte do Ana Nery e no Centro.

Nos locais que receberam os novos equipamentos, a coleta do lixo orgânico passou a ser estritamente automatizada. A ampliação faz parte de um contrato firmado entre a Prefeitura de Santa Cruz do Sul e a empresa Conesul Soluções Ambientais, responsável pela coleta. Os contêineres de metal em aço galvanizado medem 3,2 metros cúbicos e têm capacidade de armazenar 1.100 quilos de lixo. Eles são locados e cada um custa R$ 349,84. O valor inclui o recolhimento, lavagem, manutenção, coleta e transporte até a Usina municipal.

LEIA TAMBÉM: Prefeitura altera dias e horários da coleta convencional de lixo

Publicidade


A engenheira ambiental da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Juliana Porn, esclarece que os contêineres são destinados exclusivamente ao descarte de resíduos orgânicos e rejeitos (restos de alimentos, cascas de frutas, borra de café, lixo do banheiro e outros). Já o lixo seco (papelão, plástico, alumínio e outros), aproveitável na reciclagem, deve ser deixado no lado de fora do compartimento para que seja recolhidos pelos catadores da Coomcat.

“É muito importante realizar a separação dos resíduos recicláveis, pois temos a coleta seletiva solidária. Dessa forma, os resíduos recicláveis não são contaminados com orgânicos e rejeitos, e assim não perdem seu valor comercial. A iniciativa busca difundir a cultura de hábitos corretos com relação aos cuidados com o meio ambiente e saúde pública”, destacou Juliana.

Além de melhorar a separação dos resíduos, a coleta automatizada se faz necessária para a segurança dos próprios trabalhadores, como explica o gerente operacional da Conesul, Ricardo Muradás. “Quanto mais automatizado melhor, pois envolve menos mão de obra. O serviço de coletor, daquele que corre atrás do caminhão em dia de sol forte, chuva e também à noite, envolve muitos riscos que vão desde ser atropelado por outro veículo até acidentes na prensa do caminhão.”

Publicidade

A redução do serviço braçal em alguns bairros, segundo ele, não causou a demissão de funcionários, pelo contrário, fez aumentar. “Não demitimos ninguém por enquanto, e inclusive contratamos três motoristas para atuar nos caminhões”, destacou.

LEIA TAMBÉM: Quantidade de lixo produzida em Santa Cruz se mantém estável durante a pandemia

Falta conscientização da população

Publicidade

Há um mês instalados, os 230 contêineres novos ainda não surtiram efeito na coleta solidária dos resíduos secos. O assessor de comunicação da Cooperativa de Catadores e Recicladores (Coomcat), Jonatan Santos, explica que falta conscientização quanto ao descarte correto. “Os equipamentos têm um custo alto para o município, e deve ter mais conscientização por parte da população. Muita gente ainda mistura os recicláveis com rejeito orgânico. O contêiner serve apenas para o orgânico, e o ideal seria que as pessoas fizessem a compostagem em casa para reduzir a quantidade de rejeitos”, explicou.


Tendência em diversos municípios

O gerente operacional da Conesul, Ricardo Muradás, explica que a substituição da coleta convencional com lixeiros pelo sistema automatizado é uma tendência verificada em diversos municípios. “Em Venâncio Aires, onde atualmente são 320 contêineres, deverão ser ampliados para 550 equipamentos. Em Porto Alegre, de 3 mil vai para 4,5 mil contêineres; em Bagé, de 350 vai para 850”, ressaltou.

Publicidade

Em Santa Cruz, a coleta automatizada irá recolher os resíduos três vezes por semana. “Pedimos que a população colabore e faça a correta separação. Já passamos orientando os moradores desses locais, mas alguns ainda não compreenderam a mudança e seguem colocando materiais recicláveis nos contêineres, o que é errado. Outra coisa: rejeitos da construção civil e de móveis não devem ser colocados no compartimento porque danificam os caminhões”, adverte.

Com o novo contrato, a previsão é de que a Conesul retire das ruas 1.400 toneladas de lixo por mês na coleta convencional e 900 toneladas na automatizada. Todos os materiais recolhidos são encaminhados para a Usina Municipal localizada no Bairro Dona Carlota. De lá, eles partem para o aterro em Minas do Leão.

LEIA TAMBÉM: Saiba como descartar os restos de móveis e entulhos

Publicidade

O que vai no contêiner

– Restos de alimentos (carne, vegetais, frutas, ossos e outros)
– Papel usado (higiênico, absorvente e outros degradáveis)
– Sacos de café e chá
– Cascas de ovos e sementes.
– Folhas, caule, madeira.
– Dejetos humanos.


Benefícios*

A coleta de resíduos conteinerizada apresenta várias vantagens. Confira:

– Flexibilidade de horários: o lixo pode ser depositado nos contêineres a qualquer hora do dia ou da noite.
– Elimina o mau cheiro provocado pelo lixo exposto.
– Termina com o amontoamento de lixo na rua.
– Evita a ação de cães, gatos, ratos e outros animais.
– Traz mais higiene para a rua.
– Deixa a cidade mais limpa e com um melhor visual.
– Rapidez da operação contribui para a agilidade no trânsito.
– O processo de coleta é mais seguro e o mau tempo não atrapalha o recolhimento.
– Reduz o impacto ambiental devido ao menor volume de chorume liberado.
– Qualifica o emprego com mão de obra técnica para manutenção e operação dos equipamentos.
– Gera mais empregos no setor da reciclagem.

*Fonte: Conesul

LEIA TAMBÉM: Santa Cruz produz 2,6 mil toneladas de lixo por mês

TI

Share
Published by
TI

This website uses cookies.