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Aumento de casos de HIV preocupa Santa Cruz e região

Foto: Alencar da Rosa

Teste rápido para a detecção do vírus pode ser feito em qualquer posto de saúde do município e fica pronto em 20 minutos

Uma pesquisa liderada pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento e pelo Escritório de Projetos Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), com apoio da Secretaria Estadual da Saúde, mostrou que 1,6% dos moradores da Região Metropolitana de Porto Alegre têm diagnóstico positivo para o vírus HIV. No estudo, foram entrevistadas 8 mil pessoas de 56 municípios gaúchos e constatou-se que o índice de infecção pelo vírus é de 0,5% da população. 

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A divulgação da pesquisa trouxe olhares para Santa Cruz do Sul, onde os dados também são preocupantes. Segundo a coordenadora do Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas), Micila Chielle, a realidade do município não é muito diferente do restante do Estado. Conforme dados divulgados por ela, são registrados em média de dez a 12 casos todos os meses no atendimento regional do Cemas, que engloba Santa Cruz, Rio Pardo, Vale do Sol, Vera Cruz, Sinimbu, Gramado Xavier, Herveiras, Candelária e Pantano Grande. 

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No momento, em torno de mil pacientes estão em tratamento no Cemas. “Mas temos ciência de que muitas pessoas possuem a doença e não sabem. Como o HIV é um agravo, leva anos em média para manifestar sintomas”, afirmou Micila em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. A profissional destacou ainda que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada caso conhecido há pelo menos quatro desconhecidos. “Se fôssemos testar toda a população de Santa Cruz, tenho a absoluta certeza de que encontraríamos vários casos.”

Após a contaminação, os sintomas variam de acordo com o sistema imunológico de cada um. Em média, o vírus pode levar de cinco a dez anos para manifestar algum sinal capaz de indicar a presença da doença. Em um primeiro momento, a pessoa terá indícios leves. Depois dessa etapa inicial, o vírus entra na fase latente e para de manifestar sintomas.

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“A pessoa precisa ficar atenta aos sintomas leves, porque depois apenas se dará conta quando estiver com uma doença oportunista, em razão do sistema imunológico prejudicado”, explicou. Depois da contaminação, fica-se suscetível a qualquer tipo de doença.

Falta de informação ainda é uma dificuldade

Em anos anteriores, os chamados grupos de risco eram automaticamente apontados quando se falava em HIV. Hoje isso não existe mais, segundo a coordenadora do Cemas, Micila Chielle. “O risco é de qualquer pessoa que tem relações sexuais sem os devidos cuidados.”

A faixa etária que mais preocupa os profissionais do Cemas é entre 15 e 24 anos. Contudo, muitos entre 20 e 60 anos estão se contaminando. “Principalmente pessoas de 30 a 40 anos, por estarem ocorrendo mudanças no comportamento sexual. Nos preocupa a questão dos jovens, mas a contaminação tem ocorrido em todas as faixas etárias, inclusive de idosos”, relatou. 

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Além da banalização da doença, a profissional observa que a falta de informação pode ser um dos motivos do aumento nos casos. “O HIV tem tratamento, mas é uma doença crônica. A pessoa tem uma vida relativamente normal, porém, com uma série de implicações”, disse Micila. O tratamento é de fácil acesso e realização, mas deve ser feito para o resto da vida. “Mesmo com o uso da medicação, o vírus fica constantemente atacando o organismo. Ele não se multiplica, só que está ali. Não é uma situação fácil.”

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Conforme Micila, o número de positivados está aumentando na região com o passar dos anos. Antes e durante a pandemia, os casos se mantiveram em torno de 120 por ano. Já em 2022, foram registrados 150 novos na região.

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Para manter o controle adequado dos dados e incentivar o cuidado com a saúde, a profissional ressaltou a realização do teste rápido por todas as pessoas que têm vida sexual ativa. Ele pode ser encontrado em qualquer posto de saúde do município, inclusive no Cemas, com livre demanda, e deve ser feito pelo uma vez ao ano. Não há necessidade de agendamento e o resultado fica pronto em 20 minutos.

Colaborou Ronaldo Falkenback

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