O brasileiro está mais interessado em viajar pelo próprio país. Segundo o levantamento de Ministério do Turismo e da Fundação Getulio Vargas (FGV), 23% dos entrevistados pretendem viajar nos próximos seis meses. Desse grupo, 77,4% devem ir a destinos nacionais – maior número registrado para abril dos últimos dez anos. Os demais 19,5% devem viajar a destinos internacionais e 3,1% não decidiram para onde vão.
O boletim Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem aponta ainda que, do total de interessados em viajar pelo Brasil, 47,3% quer ir para o Nordeste; 25,6% para a Região Sudeste; 14,3% para o Sul do país; 7,4% para a Região Norte; e 5,4% para o Centro-Oeste.
Para o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, o interesse dos brasileiros em conhecer mais o país se deve à alta do dólar, à quantidade de feriados no ano e à melhor infraestrutura dos aeroportos, muitos reformados por causa da Copa do Mundo.
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“Aquilo que era muito caro no Brasil – passagens aéreas, hotéis – e lá fora era mais barato, inverteu-se. Lá fora ficou muito caro, por causa do dólar”, disse. Para o ministro, esses fatores mostram a necessidade de ampliar os investimentos na infraestrutura turística e na divulgação dos locais para visitação.
“O turismo é, nessa hora, o vetor mais rápido da economia brasileira para gerar emprego e renda. Com a imensa capilaridade que tem, todos os segmentos são atendidos pelo turismo, em todos os cantos do Brasil. Temos que lutar para que o turismo faça parte da agenda econômica, social e política do Brasil”, afirmou Alves.
Quanto ao Nordeste, destino escolhido pela maioria dos turistas, o ministro reconheceu que o principal desafio é melhorar a segurança. “A questão básica em relação ao Nordeste é a da segurança. Não tem turismo sem segurança. São dois caminhos que precisam ser trilhados juntos. O turista quer segurança, um aspecto que temos que focar muito.”
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Mais de 62 milhões de turistas realizaram 206 milhões de viagens no ano passado pelo Brasil. Só com os feriados prolongados deste ano, o impacto global na indústria brasileira de viagens e turismo chegará a R$ 18,66 bilhões com a realização de 10,9 milhões de viagens domésticas extras, segundo estimativas do ministério.
A pesquisa Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem foi divulgada nesta segunda-feira, 11, e é realizada mensalmente com 2 mil pessoas em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo – capitais que concentram 70% do fluxo turístico do Brasil.
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