Em reunião virtual realizada na manhã de terça-feira, 1º, o governo do Estado apresentou à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) a nova proposta de retorno às aulas presenciais. Conforme o calendário sugerido pelo Piratini, a retomada seria gradual, entre os dias 8 de setembro e 12 de novembro, começando pela Educação Infantil e terminando nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Participaram do encontro, ainda, integrantes do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.
O novo plano de retorno do ensino presencial no Estado ficou dividido em quatro etapas. A primeira a retomar é novamente a Educação Infantil (zero a 5 anos), já na próxima terça-feira, dia 8. Em seguida voltam as atividades do Ensino Médio (na rede privada) e do Ensino Superior, no dia 21. O Ensino Médio na rede estadual retorna apenas no dia 13 de outubro. O governo alega que essa diferença se dá em função das adequações e compras de material necessárias. Por fim, o Ensino Fundamental recomeça somente no final de outubro, no dia 28 para os anos finais e em 12 de novembro para os anos iniciais.
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A Famurs se mostrou novamente contrária ao retorno. A entidade afirma que o estudo não considera o estágio da pandemia no Estado, na comparação com outras unidades da federação e países, e também não apresenta um programa efetivo de testagem. O presidente da Famurs e também prefeito de Taquari, Maneco Hassen (PT), criticou o calendário proposto e a diferença das datas de retorno das redes estadual e municipal. “Se é pra retornar, que o Estado e os municípios voltem ao mesmo tempo. É uma injustiça fazer com que prefeitos tenham essa responsabilidade em um ano de eleição e sofram pressão dos pais, uma vez que a rede estadual voltaria e a municipal não.”
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Entidade que representa os professores estaduais, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) também se posicionou contra o retorno e criticou a proposta do Piratini. “Nós vemos essa posição do governo com muita preocupação. Consideramos uma decisão precipitada por vários motivos, especialmente porque não mudou o quadro da pandemia”, destacou a secretária-geral Cândida Rossetto. Ela afirmou que não há redução nos números e nem controle efetivo da doença para permitir um retorno dos alunos às salas de aula.
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COMO FICOU O CALENDÁRIO
Educação Infantil: 8 de setembro
Ensino Médio e Superior: 21 de setembro
Retorno das atividades nas escolas estaduais: 13 de outubro
Anos finais do Ensino Fundamental: 28 de outubro
Anos iniciais do Ensino Fundamental: 12 de novembro
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