Após o início das atividades do ano letivo 2021 na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, nessa segunda-feira, 15, chegou a vez de os estudantes do Ensino Médio e técnico começarem a ter aulas no formato remoto. No total, cerca de 4.707 alunos do Ensino Médio Regular, Técnico e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), de 97 escolas da área de abrangência da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), estão recebendo as orientações por meio da plataforma Google Sala de Aula. Para os alunos que não dispõem de internet nem de recursos tecnológicos, os conteúdos didáticos são disponibilizados no formato físico, para serem retirados nas instituições.
O responsável pela 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, ressalta que neste ano, diferentemente do que ocorreu em outros tempos, não há falta de profissionais da educação. “Está mais tranquilo, nos antecipamos e, diante das eventuais aposentadorias ou ausências de professores que possam ocorrer, estamos providenciando as contratações para que não haja déficit de profissionais”, explica.
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Sobre o ano letivo, a previsão é de que transcorra dentro da normalidade pela plataforma, que terá divisão por trimestres. No ano passado, foi em semestres. “Vamos trabalhando no remoto, cumprindo todas as atividades para que, assim que tenhamos autorização para atender no formato híbrido, com grupos no presencial e no remoto, possamos retornar. Teremos que ver ainda a questão da organização dos espaços, porque a exigência é de 1,5 metro de distanciamento entre uma classe e outra”, observa.
A avaliação dos primeiros dias de aula no novo formato foi positiva. Como o ano letivo na rede estadual começou no dia 8 deste mês, mesma data em que tiveram início as aulas dos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), todos os alunos da rede tiveram um momento de acolhimento, para sanar dúvidas sobre a plataforma e método de ensino.
No dia 11, foi a vez dos alunos do 6º ao 9º ano, e por último, segunda-feira, do Ensino Médio e Técnico. “A interação na plataforma é recíproca, com aulas síncronas (que acontecem em tempo real, com interação entre o professor e o aluno no espaço virtual) e assíncronas (videoaulas sem a necessidade de interação em tempo real). No primeiro momento, os professores trabalharam a questão do acolhimento e um diagnóstico da aprendizagem de 2020, para posteriormente iniciarem a organização do planejamento pedagógico para este ano letivo”, esclareceu Moura.
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A Secretaria de Educação (SEE) de Santa Cruz do Sul trabalha para suprir a demanda de profissionais no quadro de algumas das 25 escolas de Ensino Fundamental (Emefs), 20 de Educação Infantil (Emeis) e no Cemeja, devido a imposições legais decorrentes da pandemia. Segundo a chefe administrativa da SEE, Vera Ayres, há falta ainda de alguns professores e auxiliares de escola em algumas instituições.
“São casos pontuais. Esses profissionais deverão ser obtidos através de contratos emergenciais até 31 de dezembro, por determinação legal, e não através de nomeações. Nas Emeis, por exemplo, existiu por anos uma grande falta de pessoal. Através de convocações, nós conseguimos obter a maioria dos professores. Agora não será diferente”, destaca.
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Na rede pública municipal de Santa Cruz do Sul, o retorno às aulas, que teve início no dia 8 deste mês, de forma não presencial, segue dentro do programado. O ensino a distância para esses alunos é diferente em relação à rede pública estadual e particular, porque não dispõe de nenhum tipo de plataforma. Os conteúdos didáticos são enviados por meio de grupos de WhatsApp e também disponibilizadas nas pastas virtuais das escolas.
No primeiro momento, as instituições realizaram o acolhimento e um diagnóstico das aprendizagens do ano anterior para construir o plano de trabalho, de acordo com as diversas realidades e especificidades. De acordo com a chefe pedagógica das Emeis, Fernanda Schenkel, o retorno dos estudantes foi positivo, marcado por momentos de integração e socialização entre família e escola.
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“Foi gratificante, porque a maioria dos alunos aguardava ansiosa por esse momento. As professoras e a direção das escolas organizaram vídeos motivacionais e tiveram retorno bastante positivo das famílias, que enviaram fotos e vídeos das crianças para socialização. Sabemos o quanto este momento é desafiador para as escolas e famílias, especialmente nessa fase”, comentou.
No Ensino Fundamental, não foi diferente. Diante da atual classificação em bandeira preta, a Secretaria Municipal de Educação precisou buscar alternativas para envolver a comunidade escolar, conforme explica a chefe pedagógica das Emefs, Eliane Schimidt. “Cada escola teve autonomia para realizar seu acolhimento e vínculo com os alunos e suas famílias, seja por meio de vídeos, áudios, roteiros de atividades não presenciais, histórias e outras formas de comunicação e aproximação”, explicou Eliane.
O secretário municipal de Educação, João Miguel Wenzel, avalia que as atividades estão transcorrendo de acordo com o planejamento. “Estamos trabalhando com muito empenho e determinação para lidar com todas as adversidades que possam surgir em função da pandemia, para que, junto com as comunidades escolares, possamos construir o melhor ano letivo possível”, salientou.
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