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Audiência Pública mostra realidade dos cofres de Arroio do Tigre

Com plenário da Câmara de Vereadores de Arroio do Tigre lotado, o prefeito Marciano Ravanello, juntamente com os secretários Altemar Rech e Edésio Jank, da Administração e Fazenda, respectivamente, conduziram a audiência pública e demonstraram, através de vídeos, fotos e tabelas, a real situação em que o município foi encontrado pela atual administração. “Esta audiência pública não tem o objetivo de fazer ‘caça às bruxas’ nem de denegrir a imagem da administração passada, mas sim de passar aos munícipes a real situação do município”, disse Altemar.
O prefeito destacou que foi difícil recuperar a credibilidade do município com as empresas locais. “Um exemplo são os postos de combustíveis, que estavam se negando a abastecer os veículos do município devido a atrasos no pagamento decorrentes da administração passada”, disse. “Não se pode brincar nem jogar fora o dinheiro público”, completou.
Uma das secretarias mais preocupantes é a de Obras. Com um parque de máquinas joga às traças, o município ainda não pode começar o trabalho de melhorias em estradas porque não há máquinas em bom estado de funcionamento. Segundo levantamento feito pela secretaria, algumas máquinas estão sem condições de uso, outras não compensam ser recuperadas, devido ao elevado custo de manutenção. Já a recuperação das demais máquinas está orçado em R$ 495.252,71. Conforme o secretário, a situação é tão grave que algumas máquinas não receberam as trocas de óleo ou sofreram qualquer tipo de manutenção nos períodos estipulados.

Já para a recuperar a frota das máquinas e veículos da Secretaria de Agricultura, deverá ser desembolsado cerca de R$ 69 mil. Uma das secretarias mais importantes, a Saúde, também precisa de R$ 62 mil para que os veículos possam ser utilizados. A assistência farmacêutica mantinha um débito de R$ R$ 96 mil. Devido às más-condições da frota de veículos de transporte da Secretaria da Saúde, já foram gastos entres janeiro e fevereiro, R$ 16.887,81 em locações de veículos terceirizados.
De acordo com o secretário da Fazenda, Edésio Jank, a prefeitura pode trabalhar com um orçamento mensal de R$ 200 mil para “tocar o município”. “Todo o resto do orçamento está comprometido em pagamento de fornecedores, contrapartidas, alugueis e outras despesas”, disse. O secretario também apresentou um tabela com as contas pendentes de 2016, que somados, chegam a R$ 1.620.488,18.
Além disso, o responsável pela Central de projetos da prefeitura, Flamir Schneider, falou sobre os recursos perdidos por falta de elaboração de projetos na administração passada. Para construção do Ginásio de Linha Barrinha seriam destinados R$ 200 mil; também o contrato de 33 casas populares, no valor de R$ 990 mil; revitalização do Parque de Eventos, no valor de R$ 600 mil; Segunda etapa do Ginásio de Linha Taquaral, no valor de R$ 205 mil; além da segunda etapa dos módulos sanitários, no montante de R$ 250 mil. “Somando tudo, o município deixou de ganhar R$ 2,245 milhões. Para o orçamento de Arroio do Tigre, esse valor significa muito”, destacou Schneider.

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