Uma audiência pública discutiu a atualização do Plano Municipal de Saneamento de Santa Cruz do Sul na tarde desta segunda-feira, 5, na Câmara de Vereadores. Entre os pontos debatidos estiveram o fornecimento de água, o tratamento de esgoto e a drenagem urbana como forma de evitar alagamentos. Dúvidas foram esclarecidas para que o projeto de lei seja elaborado, para remeter ao conteúdo do plano, que terá um total superior a 500 páginas.
O engenheiro civil Tiago Luís Gomes, coordenador técnico da revisão, destacou que ações precisam ser inseridas no plano ao longo de 20 anos, metas de curto, médio e longo prazo. Para ele, a comunidade deve fiscalizar. O material estará disponível no site da Prefeitura em um mês. Haverá inclusive um resumo executivo, para que os cidadãos possam fazer um ‘checklist’ em relação ao trabalho da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
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“O plano precisa ser revisado a cada quatro anos, de preferência antes do Plano Plurianual. Construímos um plano factível, que é possível de ser executado. Com isso, Santa Cruz do Sul passa a outro patamar em relação à diversos municípios do Brasil”, destacou. Entre as propostas, estão o aumento de reservatórios na cidade, aumento de adutoras, novo bloco hidráulico na Estação de Tratamento, esgotamento sanitário e substituição de redes antigas de fibrocimento. Obras que vão custar mais de R$ 100 milhões. O contrato é claro, segundo o técnico, para que a Corsan não seja penalizada por multas pelo município.
Gomes salientou que sempre há custos. O abastecimento custa R$ 6,00 por metro cúbico de água tratada, valor embutido na conta. O esgoto custa R$ 11,00 por metro cúbico. “É muito difícil o contribuinte pagar uma conta alta. A companhia arca com determinados custos. Infelizmente, quando planos começaram a ser elaborados, entre 2009 e 2010, pensava-se que haveria muito dinheiro federal para investimentos. O que não aconteceu. Para cada real investido em saneamento, quatro são economizados em saúde. Em longo prazo, é uma grande estratégia”, ressaltou. “Pagar esgoto vai valer a pena no longo prazo. É necessário educação ambiental”, completou.
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