Audiência Pública para tratar da proposta de expansão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar), a partir da criação de um campus na Região Centro Serra, foi realizada na noite desta quarta-feira, 11 de outubro. O encontro ocorreu na Câmara de Vereadores de Sobradinho e foi uma proposição dos deputados estaduais Adolfo Brito (PP) e Valdeci de Oliveira (PT), que tiveram requerimento aprovado junto à Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada Sofia Cavedon.
O deputado Adolfo Brito abriu os trabalhos, tendo na composição da mesa o pró-reitor do IFFar, Carlos Rodrigo Lehn, o prefeito de Sobradinho e presidente do Consórcio Intermunicipal Vale do Jacuí, Armando Mayerhofer, o prefeito de Estrela Velha e presidente da Associação dos Municípios do Centro Serra (AMCSerra), Alexander Castilhos, o presidente da Câmara de Vereadores de Sobradinho, Julio Miguel Vieira, e o coordenador da 25ª Coordenadoria Regional de Educação, Alessandro Nunes da Costa. Fizeram-se presentes prefeitos, vice-prefeitos, secretários de Educação e de outras pastas, bem como vereadores e representantes de entidades e da comunidade dos municípios que englobam a AMCSerra, a qual é composta por Sobradinho, Arroio do Tigre, Estrela Velha, Segredo, Passa Sete, Lagoa Bonita do Sul, Lagoão, Ibarama, Novo Cabrais, Cerro Branco, Tunas, Salto do Jacuí e Jacuizinho. Também demais representantes do IFFar e da imprensa regional.
A possibilidade de instalação de novas unidades do Instituto Federal Farroupilha no estado integra um plano de expansão, o qual prevê, entre os anos de 2019 e 2026, atingir 17 unidades, sendo que, hoje, o IFFar é composto pela Reitoria, 11 campi, dois centros de referência e demais polos de educação a distância. A proposta de criação de novos campi está inserida na atual política do governo federal em expandir as unidades de Institutos Federais em todo o país.
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A criação de novas unidades parte do interesse das comunidades locais. Já a instalação de um novo campus é, no entanto, decisão do Governo Federal. A partir dessa criação, são definidos cursos e eixos tecnológicos com base nas necessidades da localidade onde a unidade vai ser instalada. Essas demandas são definidas pela própria comunidade local.
Na audiência realizada em Sobradinho, foram apresentadas ao público informações como números das unidades já instaladas, eixos tecnológicos trabalhados com base nas características dos arranjos produtivos locais, bem como critérios a serem seguidos para que se possa concorrer à abertura de uma nova unidade.
A audiência pública marca um pontapé inicial em uma série de etapas para uma possível efetivação de instalação de um campus no Centro Serra. O encontro oportunizou que os presentes pudessem sanar dúvidas acerca deste processo e reforçar em falas oficiais e depoimentos a importância que uma unidade da instituição apresentará, sobretudo, para os jovens. Salientaram também a necessidade da união de esforços para que esta unidade se torne um sonho realizado.
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Conforme o pró-reitor do IFFar, Carlos Rodrigo Lehn, o próximo passo, a partir da audiência realizada, é a formalização de um Comitê Interinstitucional de Mobilização em defesa da Implantação de campus IFFar na região, com representantes do IFFar, das Prefeituras, da comunidade local e da sociedade civil organizada “Trabalharemos agora na resposta de um diagnóstico, que tem como objetivo fornecer os subsídios para discussões futuras acerca dos eixos tecnológicos, e esse comitê a gente subdivide em subcomissões (política, da empregabilidade e da educação). Quando, futuramente, aí sim a região sendo contemplada com um campus, a gente trabalha, já nas audiências públicas, a partir deste que, com certeza, vai ser o melhor diagnóstico que a gente vai ter elaborado para a região”.
Entre as contrapartidas para a instalação de um campus, está a cedência/doação de uma área para sede definitiva. “Nesta audiência ficou evidente para mim que a gente precisa ter este olhar para o eixo dos recursos naturais, que incluem diversos cursos voltados para a formação agrícola. E, quando falamos de cursos da área agrícola, precisamos pensar em um modelo de unidade que é definido como um modelo agrícola, e estas demandam uma área maior de contrapartida. Então falamos de áreas de no mínimo 30 hectares para todas as benfeitorias e estrutura física necessárias ao desenvolvimento dos cursos. Quando a gente cruza as informações do arranjo produtivo local, o mapa de demandas do Ministério da Educação, discutir tudo isso posteriormente em uma audiência pública, não tenho dúvida de que para a região do Centro Serra vai vir forte a demanda pelo eixo dos recursos naturais”, salientou o pró-reitor.
Os cursos ofertados através do Instituto Federal são gratuitos. “Uma vez o campus tendo finalizado a sua obra na sede definitiva, a partir dali é mantido integralmente com recursos públicos, através do Governo Federal. Estamos falando de uma unidade com cerca de 70 professores, 60 servidores técnicos, mais cerca de 30 empregos, então a vinda de uma unidade para a região contribui também para a contratação de servidores terceirizados, e falamos de um orçamento anual que gira em torno de 2,5 a 3 milhões de reais”, disse Lehn.
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Outros municípios gaúchos manifestaram o interesse e pleiteiam a instalação de uma nova unidade da instituição, os quais também já tiveram audiências públicas realizadas nos últimos meses. Edital prevendo a expansão do Instituto Federal deverá ser lançado nas próximas semanas.
Uma reunião da AMCSerra deve ser realizada nos próximos dias para mobilização do comitê pró-campus na região Centro Serra. “Estamos na torcida que, se Deus quiser, possa vir para a nossa região. É um sonho, como muitas pessoas relataram na audiência. Temos que trabalhar nisso e é o que viemos fazendo”, reforçou o deputado Adolfo Brito.
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