ATUALIZADO ÀS 12H05
Os motoristas, ciclistas e pedestres que constatam problemas e desafios no trânsito de Santa Cruz do Sul tiveram um compromisso importante nesta quinta-feira. Durante a manhã, a Câmara de Vereadores foi palco de uma audiência pública que debateu o plano de mobilidade urbana da cidade. Na ocasião, a empresa responsável pela elaboração do plano, a Pró-cidades, de Porto Alegre, e as equipes técnicas das secretarias de Planejamento, Orçamento e Gestão, e de Transportes e Serviços Urbanos, apresentaram um esboço do que foi identificado até agora. Depois foi a vez de a comunidade criticar, perguntar e sugerir. Cerca de 40 pessoas participaram do evento.
Para a elaboração do plano de mobilidade urbana, que é obrigatório em municípios com mais de 20 mil habitantes, a Prefeitura investiu em torno de R$ 200 mil. Segundo o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Jeferson Gerhardt, o estudo se iniciou em junho do ano passado e tem validade de 20 anos. Por enquanto, foram realizadas as etapas de diagnóstico, para identificação de limitações; prognóstico, que indica quais as soluções ideais para a cidade; e esboço do plano, onde são sugeridas mudanças práticas. Agora é a fase de debate com a comunidade. Em seguida, haverá o fechamento do plano e o encaminhamento para apreciação e aprovação do Legislativo. O que deve acontecer até o fim do mês de março.
Publicidade
Com a conclusão do estudo, as secretarias terão um fio condutor para executar projetos pontuais de melhoria da trafegabilidade em curto, médio e longo prazos, conforme a disponibilidade de recursos municipais. “É uma ferramenta de gestão com a qual será possível identificar as prioridades, pensando a cidade como um todo”, comentou Gerhardt. No estudo, é levado em conta o número de veículos – carros, motocicletas, ônibus – por onde passam, em qual sentido, onde estacionam, etc. “É importante entender que o fluxo do trânsito funciona como uma engrenagem. Se simplesmente fechar um cruzamento, isso pode afetar muitas pessoas em outro ponto da cidade”, explicou.
Mesmo com validade de 20 anos, o plano deve ser revisado antes disso. “Daqui a dez anos é possível que os carros sejam voadores”, brincou, salientando que a cidade é muito dinâmica e a tecnologia avança rápido. Apesar disso, o secretário ressaltou a importância de um planejamento antecipado, para garantir a manutenção de características urbanas positivas. “A consciência de quem compõe o trânsito, ou seja, todos nós, também é indispensável para uma melhor mobilidade”, afirmou.
Publicidade
This website uses cookies.