Centro-Serra

Atual safra de milho tende a ser menor em Sobradinho

As baixas temperaturas registradas nas últimas semanas, bem como a formação de geada em várias partes da região Centro Serra, reduziram as expectativas quanto a atual safra de milho em Sobradinho. Conforme o chefe do escritório municipal da Emater-RS/Ascar, Rotiére Guarienti, que esteve participando do Programa Giro Regional da Gazeta FM 98.1 da última terça-feira, 14 de junho, houve uma perda considerável no município, tanto na parte de milho grão, quanto de milho silagem. “O milho do mais cedo teve uma perca maior, já o do tarde deu uma recuperada. O problema agora é o frio”, salienta.

Rotiére destaca que a temperatura baixa não é em si o problema, mas sim a geada. A temperatura baixa, segundo ele, reduz o crescimento da planta, contudo, geadas mais severas podem acabar por matar a planta. “Com o período da geada, observa-se que geralmente o produtor planta com uma finalidade, ou seja, quando plantado, já se tem uma ideia do que fazer. Mas, quando vem a geada, acontece que os planos são interrompidos. Muitas vezes o milho não está bem formado ainda, e aí a geada vem e acaba matando a planta, dependendo da intensidade”, destaca.

Rotiére Guarienti

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O chefe do escritório municipal da Emater, salienta que a média de milho, normalmente, em Sobradinho, é de 70 a 80 sacos por hectare, no entanto, nesta safra, o máximo que se espera é a média de 45 sacos por hectare, e de 6 a 20 toneladas por hectare de milho silagem. “Pelo custo que está, é ruim. Se antes se gastava, por exemplo, 3 mil reais para fazer um hectare de milho, onde tirava-se 20 a 30 toneladas, hoje se tem um gasto um pouco maior, e se tira uma média de 6 a 20 toneladas”, aponta. 

Devido ao frio intenso, uma das opções viáveis para o aproveitamento do milho é a produção da silagem. Rotiére reforça que a geada fez com que o milho grão, que estava sendo plantado na safrinha, em um período mais do tarde, terá que ser destinado à silagem para poder ser aproveitado. “O produtor que está pensando se ‘colhe ou não colhe’, ‘faço silagem ou não?’, deu geada forte, então são três dias que ele tem condição de tirar essa planta para fazer a silagem, porque fora esse período, a planta começa o processo de fermentação na lavoura. Isso poderá dar problema, tanto na armazenagem da silagem, quanto no futuro consumo pelos animais”, explica. 

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No entanto, Rotiére frisa que alguns cuidados devem ser tomados para a produção da silagem. “É importante que o produtor tenha consciência que a silagem tem que estar dentro dos padrões de granulometria. Além de ter um cuidado também com o trator que vai ficar em cima do silo, que é o que compacta e espalha. Ele tem que ser o menor, com o pneu mais estreito. Ele vai ter uma boa compactação e consecutivamente uma boa fermentação”, ressalta.

Em estimativa da Emater/RS-Ascar com o IBGE em Sobradinho, conforme Rotiére, a produção de milho grão, tanto safra quanto safrinha, possui em torno de 1.200 hectares no município. Já o milho silagem tem em torno de 150 hectares.

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Nathana Redin

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