Conhecida por seus achados pré-históricos, Candelária deu início à construção de uma nova referência para o turismo e patrimônio do município. As obras do átrio do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues estão previstas para serem concluídas no final de agosto deste ano. Após ficar parada por aproximadamente quatro anos, a construção foi licitada novamente e autorizada em outubro de 2020, reiniciando-se há cerca de dois meses. A empresa responsável é a Marion & Cia Ltda e o valor orçado na nova licitação foi de R$ 214 mil. O terreno, localizado na RSC-287, foi cedido pelo Daer à Prefeitura.
Atualmente, o museu se situa em um prédio alugado, na Rua Botucaraí, Centro de Candelária. O acervo conta com fósseis de animais que viveram entre 220 a 230 milhões de anos em terras gaúchas, quando os continentes ainda eram unidos, na Pangeia. A obra que está em andamento, entretanto, é apenas o átrio do novo museu – uma espécie de hall que receberá os visitantes. O restante, como auditório para eventos e demais espaços para laboratórios e salas, ainda necessita de mais recursos.
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O curador do museu, Carlos Nunes Rodrigues, explica que o átrio em construção faz parte do projeto do primeiro módulo, que tem em anexo também um auditório. Nesse átrio haverá banheiros para atender aos eventos. “Atrás virá a grande nave do museu, com laboratórios, escritórios, sala de guarda, salas de aula e depois garagem. O museu tem um cunho internacional, que seria referência em termos de ciência para o País, não só na paleontologia. Candelária é uma cidade missioneira, foi palco de batalha, colonização germânica e há tantas outras histórias. O museu tem essa pretensão de ter um prédio adequado para poder expor essa riqueza”, diz Rodrigues.
A arquiteta responsável pelo projeto, Cássia Pohl Fröhlich, salienta que apenas essa primeira parte está sendo feita porque a verba recebida foi menor que o esperado. O prefeito de Candelária, Nestor Ellwanger, esteve em Brasília em busca de recursos para conseguir fazer o restante.
Ellwanger observa que a solicitação foi feita, no entanto, muitos recursos estão sendo destinados à saúde. “É um momento difícil, os recursos para infraestruturas estão bem limitados. Pelo que nos repassaram, vão estudar o repasse no segundo semestre do ano. Permanecemos na expectativa para concluir a obra o mais breve possível.”
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Preocupação com a segurança
O engenheiro civil da Prefeitura de Candelária e fiscal da obra, Roberto Waechter, comenta que o revestimento da obra foi concluído, mas ainda faltam muitas etapas. Ele revela que existe uma dificuldade, relacionada a vandalismo. “À noite a empresa tem que colocar um vigia, se eles não colocam, é prejuízo.” Depois que a obra for concluída, a Prefeitura também contratará guarda para ficar no local.
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