Em 21 de abril de 1941 nascia o Atlético Esportivo Sobradinho. Tendo como primeiro presidente, José Garibaldi Maraschin, naquele ano se iniciava uma história, que alcançou em 2021 oito décadas. De lá para cá, cinquenta e quatro presidências do clube, dezenas de atletas e muitos torcedores. Sua casa desde 1955, o Estádio Tiradentes, no Bairro Baixada, ouviu muitos gritos de alegria, presenciou passes inesquecíveis e comemorações marcantes.
Na atualidade, com patrimônio mantido pela equipe diretiva e time veterano, contando ainda com apoio da comunidade, as lembranças são o legado de um passado de muitas conquistas, de expressividade no cenário futebolístico regional e de famílias reunidas em torno do esporte. Integrando a comissão atual, os três presidentes, Cleber Minetto, Ivonil Carniel (Garrincha) e Jairo Hermes, lutam para manter viva essa história.
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Em uma tarde ensolarada, nossa equipe foi ao campo do Atlético para resgatar fragmentos desta trajetória que a comunidade tem ajudado a escrever, seja por meio de seus próprios fundadores, atletas, equipes diretivas, equipes técnicas e simpatizantes do esporte. A emoção de fazer parte, como presidente e ex-atleta, fez Minetto marejar os olhos algumas vezes durante o bate-papo. “A gente está aqui tentando manter um patrimônio que muitas pessoas se dedicaram a deixar para a comunidade de Sobradinho. Para a gente que é amador é uma grande satisfação fazer parte deste clube. Fizemos muitas amizades, aquele nosso ônibus cheio era uma coisa muito bonita. Quem jogou aqui no Atlético com certeza tem pelo menos uma recordação marcante”, destacou, lembrando ainda das viagens para os campeonatos em municípios vizinhos ou em lugares mais distantes.
O amor pelo clube é compartilhado por todos. “É uma emoção muito grande fazer parte como presidente e também como jogador”, disse Jairo Hermes. Ele mencionou momentos importantes da trajetória do clube, como a instalação do pavilhão das arquibancadas, a cobertura e também a construção e ampliação dos espaços sociais, bem como a remodelação do campo, o qual se mantém muito bem cuidado, com o auxílio dos ecônomos.
As recordações estão bastante vivas na memória. “A torcida que sempre veio colaborar era algo que empolgava, era nossa família, amigos, pessoas que amam o Atlético. Esse grito da torcida, o apoio sempre foi muito grande, o público sempre esteve presente”, contou Hermes, acrescentando que desde 1997 trazem ex-jogadores da dupla Gre-Nal e de demais entidades do futebol profissional para socializarem através do esporte.
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O clube amador permaneceu filiado à Federação Gaúcha de Futebol (FGF) de 1961 a 1997, quando desligou-se da competição estadual, mas seguiu atuando em jogos regionais e locais. Por questões financeiras, hoje o Atlético prima pelo patrimônio conquistado e tem sua representatividade através do time veterano.
Conforme Garrincha, um dos jogos que marcaram história foi a final do Quadrangular, no ano de 1991, quando o clube conquistou o terceiro lugar. “A casa cheia, nós fizemos bonito. Como dizia seu Lucínio e o Leônidas Lazzari: ‘eu quero agradecer a maneira como vocês jogadores amadores jogaram numa sexta, num sábado e no domingo’. É um orgulho ter passado por isso aí”, relembrou o ex-atleta e presidente.
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A grama verdinha, aparada e pintada, palpita pelos passes apressados. As goleiras aguardam ansiosas pelo balançar das redes. A arquibancada sozinha grita pelo som das famílias e dos amigos vibrantes. O Estádio Tiradentes espera por seus jogadores. O Atlético Esportivo Sobradinho permanece vivo, pulsante, no coração de quem fez dele sua família e guarda consigo tantas lembranças.
A atual diretoria estende seu agradecimento a todos as pessoas que contribuíram e continuam a auxiliar o Atlético Esportivo Sobradinho. O sonho dos três dirigentes é ver o campo ganhando vida novamente. “Deixa alguma coisa triste dentro da gente de não ter a força financeira para jogar um campeonato estadual, mas a vontade a gente tem. Com certeza não podemos deixar morrer o Atlético”, pontuou Carniel.
Assista a reportagem especial em vídeo:
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