O projeto Nosso Vôlei, do Colégio Mauá, de Santa Cruz do Sul, tem revelado jogadores para além das divisas do Rio Grande do Sul. Dois atletas ligados a Santa Cruz celebram o brilho alcançado em equipes da região Sudeste do país. Um sonho interrompido temporariamente pelo avanço da Covid-19, mas com a perspectiva de retornarem às quadras no futuro.
Aos 22 anos, o ponteiro João Vitor Redin Bringmann disputou a Superliga B pela Academia do Vôlei, de Uberlândia. Apesar da suspensão do campeonato, ele fez parte do time que conquistou o acesso para a elite. “Era para acabar em abril com as finais dos playoffs, porém, por causa da pandemia, se encerrou antes na fase de grupos, e terminamos em segundo. Aí teve que ser decidido quais seriam os dois clubes que garantiriam vaga para a Superliga A, já que não teve dois finalistas. Por meio de uma votação em videoconferência entre as oito equipes participantes, optou-se pelo encerramento do torneio e que a vaga ficaria com os dois mais bem colocados na fase de grupos. Assim, garantimos nosso acesso”, explicou Bringmann, que chegou ao município mineiro em agosto do ano passado para jogar também o campeonato estadual e os Jogos Universitários Brasileiros (Jubs).
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Ele permaneceu em Uberlândia até conseguir o retorno a Santa Cruz no dia 30 de abril. “Sou estudante de Nutrição. Como minha faculdade estava fazendo uma transição de presencial para EaD, por causa da pandemia, e eu não sabia quando voltaria ao normal, fiquei por lá. Quando soube que as aulas não voltariam presencialmente tão cedo, foi bem difícil achar passagem para voltar. Tive que pegar três ônibus diferentes para chegar a Porto Alegre, com vários problemas de logística”, recordou.
A ideia é retornar em junho ou julho depois de uma negociação para a próxima temporada. Bringmann tem experiência por clubes como Vôlei Nova Petrópolis (RS), Itajaí Pró-Vôlei (SC), Mogi das Cruzes (SP) e Botafogo (RJ). Perguntado se pretende continuar a carreira, o atleta santa-cruzense não pensa duas vezes. “Com certeza, até onde o corpo permitir”, frisou.
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Em busca de mais uma oportunidade
Durante oito meses, Luis Fernando Joventino Venceslau, 30 anos, defendeu o Vôlei Renata, de Campinas, na Superliga A. O campeonato nacional terminou em março em razão da pandemia da Covid-19. Assim como João Bringmann, ele enfrentou dificuldades para retornar a Santa Cruz do Sul. “Foi um pouco complicado porque estávamos de carro e não sabíamos se as cidades iriam liberar a entrada, mas arriscamos com todo cuidado, e voltamos”, recordou. Venceslau, que é paulista de São Bernardo do Campo e casou com uma santa-cruzense, vem atuando no Nosso Vôlei nos períodos de férias.
A volta para o município paulista está em compasso de espera. “Essa pandemia prejudicou muito o esporte, muitos patrocinadores estão com dificuldades, então não sabemos o que irá acontecer”, disse Venceslau, que começou no vôlei por acaso e também atua como ponteiro. “Foi bem engraçado porque um amigo me indicou para fazer o teste na cidade de Mauá, mesmo eu não querendo (risos), pois sempre quis jogar futebol. Fui fazer o teste, passei e daí por diante fui pegando o jeito e gostando do esporte”, comentou.
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O sonho de atuar fora do Brasil aconteceu há sete anos. “A primeira vez foi em Matera, no Sul da Itália, na temporada 2013/2014. Foi uma experiência muito boa, me fez crescer não só como atleta, mas como pessoa”, destacou.
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