Ativistas santa-cruzenses seguem em Brasília até dia 15

Os integrantes do Movimento João da Silva, de Santa Cruz do Sul, que desde o início da semana acompanham a mobilização nacional pró-impeachment em Brasília pretendem permanecer na Capital federal pelo menos até o próximo dia 15. Uma grande manifestação nacional está prevista para essa data.

A comitiva santa-cruzense chegou a Brasília no fim da tarde de sábado após uma viagem que iniciou na madrugada de domingo. Ao todo, foram percorridos cerca de 2,4 mil quilômetros de carro. Conforme um dos integrantes, Jorge Buuron, o movimento já vinha acompanhando as ações de grupos como o Brasil Livre, Revoltados Online e Vem Pra Rua e decidiu partir na última quarta-feira. Um vídeo marcando a chegada da comitiva foi publicada na página Movimento Brasil Livre.

Desde então, estão acampados em frente ao Congresso Nacional junto com outras cerca de 500 pessoas de várias partes do País – algumas estão no local desde meados de outubro. A rotina tem sido de acompanhamento das atividades no Congresso Nacional e de reuniões com deputados e senadores.

A ideia é manter o acampamento até a abertura do processo de impeachment da Dilma Rousseff (PT). Conforme Buuron, a expectativa é que a pressão da sociedade acelere o processo. A partir da 9, estão previstos bloqueio de estradas por caminhoneiros. Para a manifestação do dia 15, já estão confirmados 23 ônibus de todo o País. “Esse governo não tem mais condição nenhuma de continuar. Mas não queremos apenas tirar a Dilma. Queremos acabar com a corrupção no País”, disse. Segundo ele, trata-se de uma mobilização apartidária e sem ideal classista. “É um momento histórico para o País”, definiu.

Além de Buuron, integram a comitiva Leonal Garibaldi, André Kuh e Cézar Arend.O custo do deslocamento até Brasília, de R$ 1,5 mil, com combustível e pedágio, foi bancado, segundo Buuron, por doações de empresários locais. Já a manutenção dos integrantes na Capital está sendo custeada por eles mesmos, além de doações de moradores de Brasília. Conforme Buuron, já está sendo organizada uma “vaquinha” para o retorno.