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Atividade da indústria gaúcha tem alta de 0,3% em setembro

Após cinco meses de queda, o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) no Estado, pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), teve um leve crescimento de 0,3% em setembro, em relação a agosto, ajustado sazonalmente. No entanto, quando a comparação é com o mesmo mês do ano passado, a atividade do setor registra uma desaceleração de 11,3%.

Nessa base, o atual ciclo recessivo iguala-se em duração ao maior já registrado – 19 meses seguidos no biênio 2005/2006 – e deverá ultrapassá-lo. “As crises anteriores foram caracterizadas por um evento externo, como foi o caso da estiagem de 2005 e da turbulência econômica internacional de 2008. A situação atual é mais grave, visto que é reflexo de um modelo econômico que resultou em alto endividamento público, baixa competitividade e elevada inflação”, afirmou o presidente da entidade, Heitor José Müller. 

A alta da atividade na passagem de agosto para setembro foi puxada pelo faturamento real (6,7%) e pelas compras de matérias-primas (2,3%). Por outro lado, as horas trabalhadas na produção e a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recuaram 0,6% e 1,3%, respectivamente. O emprego (-0,6%) caiu pelo oitavo mês seguido e a massa salarial (-2,1%) completou um ano de queda ininterrupta. 

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No acumulado do ano, a contração do IDI-RS foi de 8,6%. Nessa base anual, todos os indicadores caíram: compras industriais (-15,5%), faturamento real (-10,9%), horas trabalhadas (-8,5%), massa salarial (-7,7%), emprego (-6,0%) e UCI (-2,3%). Dos 17 principais setores industriais gaúchos, 13 apresentaram recuo. Os maiores impactos negativos vieram de Veículos Automotores (-22,8%), Máquinas e Equipamentos (-15,0%), Móveis (-15,3%), Metalurgia (-12,9%) e Produtos de metal (-7,2%). 

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