O União Corinthians vive o melhor momento na temporada pelo Novo Basquete Brasil (NBB). Com três vitórias em quatro jogos, a equipe ingressou na zona de classificação e manteve o sonho de estar no playoffs cada vez mais vivo. Faltam 11 jogos, sendo cinco em casa.
Para o técnico Athos Calderaro, a vitória diante do São José demonstrou a atmosfera positiva criada no Ginásio Poliesportivo Arnão. A equipe volta a atuar em casa neste sábado, 18, às 18 horas, contra o Flamengo. “Era algo que estava faltando. A entrega independe de orçamento. A equipe respondeu, do início ao fim. As bolas divididas foram nossas. Os atletas entenderam e compraram a ideia. O jogo ficou mais solto e leve. Os jogadores estão de parabéns pela doação e concentração”, disse em entrevista ao programa Rede Social, apresentado nesta sexta-feira, 17, por Leandro Porto na Rádio Gazeta FM 107,9.
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O treinador exaltou a atitude dos atletas em quadra. Para ele, foi um ponto fundamental para superar o time paulista, destacado pela força física. “Quando começamos a perder jogadores por lesão ou por suspensão, os atletas perceberam que precisariam de um empenho total em quadra. Mesmo com a força física do São José, conseguimos ter superioridade na partida. A vitória aconteceu muito por conta da postura que tivemos no jogo”, observou.
Das seis vitórias conquistadas em 21 jogos, quatro foram obtidas fora de casa. Calderaro sublinhou a importância de fazer o mando de quadra ser um diferencial, principalmente na reta final da fase regular. “Procuramos definir a vaga nos playoffs por meio de vitórias em confronto diretos. Estamos vivos na competição. É um campeonato parelho, de alto nível. Precisamos superar os desafios para garantir a classificação, que tanto sonhamos”, pontuou. “Temos um retrospecto melhor fora de casa e a gente precisava encontrar o nível de atuação em casa. Se temos uma dedicação ao máximo em quadra, a torcida vem junto e demostra apoio. Ficamos felizes em ver a vibração de cada um. Todos saindo satisfeitos do ginásio. Queremos entregar isso à comunidade. É o maior objetivo do projeto”, complementou.
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Calderaro também salientou o crescimento do projeto capitaneado por ele e o diretor de basquete, Diego Puntel. “Para nós, são conquistas pessoais e motivo de orgulho. Presenciei a época do alto nível até 1998 e depois o período de decadência. Não foi fácil recuperar o basquete profissional, ainda mais com recursos escassos. Estar na zona de classificação em dois anos de projeto é muito gratificante. Prova da abrangência do projeto é a vinda da Seleção Brasileira para jogos das eliminatórias do Mundial”, analisou.
Torcedor do Corinthians na infância e adolescência, Guilherme Teichmann tem sido um dos pilares da evolução demonstrada pela equipe no NBB. “O Teichmann é um amigo de longa data. Foi o primeiro atleta a ser contatado e ele aceitou prontamente. Para ele, por ser daqui, é um momento especial. Ele é um líder e tem conseguido transmitir a mensagem da comissão técnica aos outros atletas. Nos dá muitas opções, subiu de produção e corre toda a quadra aos 39 anos. Estamos muito felizes pela conquista dele”, disse Calderaro, sobre as marcas de 450 jogos e 1 mil assistências no NBB atingidas pelo pivô.
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Calderaro e Teichmann são pais de crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA). Eles estão integrados na campanha “Lugar de autista é em todo lugar”. Na sexta-feira, 24, às 18 horas, no ginásio do Corinthians, haverá uma oficina de basquete para pais e filhos. Nos jogos, os autistas contam com espaços reservados, em parceria com a Prefeitura. “Será algo sensacional. Como pais, sabemos da importância de usar o basquete para promover ações sobre o autismo. É importante derrubar o preconceito e a falta de entendimento sobre o assunto. Temos cada vez mais crianças diagnosticadas”, finalizou.
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