A explosão de um caminhão-bomba em Cabul, capital do Afeganistão, deixou ao menos sete mortos e centenas de feridos nesta sexta-feira, 7, informaram as autoridades do país. O ataque suicida ocorreu à 1h local (17h30 de quinta em Brasília) em um bairro residencial, próximo a uma base militar e a um complexo de prédios do governo. Nenhum grupo reivindicou de imediato a ação, que atingiu principalmente civis.
Os hospitais da cidade seguiam recebendo feridos, enquanto continuavam os trabalhos de resgate às vítimas na região do ataque, anunciou o Ministério da Saúde. “Muitas mulheres e crianças morreram ou estão feridas. Os autores do ataque tinham a intenção de cometer um massacre”, estimou o general Abdul Rahman Rahimi, chefe da polícia de Cabul.
As informações sobre o número exato de feridos eram conflitantes: 400 segundo o Ministério da Saúde e 130 segundo o Ministério do Interior. Segundo as autoridades, o número de mortos deve aumentar, pois muitas pessoas podem ter ficado presas sob os escombros de prédios destruídos pela explosão.
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Em comunicado, o presidente afegão, Ashraf Ghani, condenou o atentado e disse que a aparente escolha de alvos civis demonstra o desesperos dos insurgentes no país. Ataques menores são ocorrências comuns em Cabul. O forte atentado desta sexta foi o primeiro na capital afegã desde o anúncio na semana passada da morte do líder do grupo radical islâmico Taleban, mulá Omar, e da escolha de um novo dirigente, mulá Akhtar Mansour.
A transição de liderança no Taleban aumenta a instabilidade do processo de paz com o governo do Afeganistão, apoiado pelo Ocidente. Desde que saiu do poder em 2001, após intervenção militar dos Estados Unidos, o Taleban lidera uma insurgência para retomar sua influência no Afeganistão. A violência tem aumentado no país desde a saída de grande parte das forças de combate estrangeiras, no final do ano passado.
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