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Atenções se voltam para a parte alta do Parque da Fejão

Durante o primeiro semestre do ano passado, um dos principais debates em Sobradinho era referente ao futuro da parte alta do Parque de Exposições Prefeitos Marci Luiz Nardi, o Parque da Fejão, um dos principais espaços para lazer da comunidade regional. O tema esfriou com o início da campanha eleitoral e foi deixado de lado no restante do ano. Mas volta à tona graças a dois projetos de lei encaminhados pelo Executivo para votação na Câmara de Vereadores.

As duas propostas tratam da concessão de imóveis da parte alta do Parque da Fejão para duas empresas. Uma delas, a Móveis e Esquadrarias Santo Expedito já se encontra em funcionamento e a proposta dá mais dois anos de cedência gratuita do prédio, podendo ser renovado por igual período. Já a outra empresa, Indústria de Produtos Centro Serra, caso o projeto seja aprovado, utilizará outro imóvel por cinco anos, também com possibilidade de renovação por mais cinco.

Os projetos foram baixados nas comissões e devem ser votados na próxima segunda-feira, 4. Mas a oposição já aproveitou para questionar as propostas. Jeferson Mattana (PSB) mostrou preocupação com os impactos ambientais da instalação da Indústria de Produtos Centro Serra, responsável pela fabricação de produtos saneantes. Já o vereador Maninho Librelotto (PP) lembrou da discussão no ano passado sobre uma possível privatização do Parque da Fejão e disse que será contra, caso um novo projeto com esta finalidade seja elaborado.

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Em entrevista ao programa Giro Regional na manhã da última quarta-feira, 28, o secretário municipal de Indústria e Comércio, Idelfonso Barbosa, saiu em defesa dos projetos. Ele encarou com naturalidade os questionamentos surgidos na Câmara, mas diz que está fazendo o que deve ser feito em um momento de crise e desemprego crescente. “Enquanto secretário, tenho a obrigação de buscar a geração de empregos, não importa onde”, salientou.

Depredação dos espaços públicos preocupa

Não é de hoje que a situação do Parque da Fejão preocupa o Poder Público. O espaço, que conta uma extensão de quase 18 hectares, tem um alto custo mensal aos cofres públicos, mas é pouco utilizado para eventos durante o ano. Além disso, os imóveis sofrem com o vandalismo e a depredação e causam espanto em visitantes que utilizam o local para lazer durante o dia.

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Barbosa lembra que, no ano passado, a Prefeitura chegou a apresentar um projeto para industrialização da parte alta do parque. Mas a proposta foi retirada, após realização de audiência pública e debates em toda a cidade. “Falei para o investidor que não teria a coragem que ele está tendo. Mesmo o imóvel estando completamente depredado, se mostrou interessado”, disse, se referindo ao proprietário da Produtos Centro Serra querer utilizar o antigo restaurante para dar andamento às suas atividades.

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