Nem sempre as pessoas se dão conta do quanto é importante ter alguns cuidados com as pálpebras para o funcionamento dos olhos. Por isso, é comum não ter muita atenção com elas. Isso pode gerar complicações e dor, pois elas são tecidos (dobras finas de pele e músculos) responsáveis pela proteção do órgão contra a luz e poluentes que podem causar danos à visão.
O oftalmologista Douglas Weiss explica que as pálpebras são fundamentais na função visual, exercendo papel de proteção e lubrificação do globo ocular. “Uma boa função palpebral mantém os olhos bem condicionados para uma boa visão”, atesta o médico.
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As pálpebras também podem apresentar algumas doenças, que precisam ser tratadas para garantir que a sua função seja preservada. O oftalmologista, que deve ser visitado regularmente, pelo menos uma vez ao ano, é quem faz o diagnóstico e mostra as possibilidades de tratamento.
Weiss explica que a dermatocálase se caracteriza pelo excesso de pele na região palpebral. É causada pelo processo normal de envelhecimento, por flacidez e pelas características genéticas familiares. Pode ser acentuada pela presença de bolsas de gordura atrás da pele. É comum que, a partir dos 35 anos, a maioria das pessoas já apresentem um excesso de pele. O que varia é a intensidade.
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Os principais fatores que agravam a dermatocálase são:
- excesso de exposição ao sol;
- não uso de óculos de sol;
- tabagismo;
- má alimentação;
- sono de má qualidade;
- falta de exercício físico.
Como identificar e corrigir?
Geralmente, o paciente com dermatocálase apresenta olhar com aspecto cansado, envelhecido ou entristecido. Outros sintomas são pálpebras pesadas, dor ao redor dos olhos e perda do campo visual superior. Invariavelmente, o tratamento tanto para o excesso de pele quanto de gordura é uma pequena cirurgia, a blefaroplastia. Ela serve não somente para melhorar a estética, como também para restabelecer o campo de visão.
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Por ser um procedimento pouco invasivo, com anestesia local e sedação, a recuperação é tranquila e, em geral, não há dor pós-operatória. Os pontos costumam ser removidos uma semana depois, quando os pacientes já podem retomar as atividades normais, mas sem exagerar na atividade física e na exposição ao sol.
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Ptose palpebral
As pálpebras são compostas principalmente por músculos e pele. Os músculos palpebrais dos dois olhos são altamente especializados e sincronizados, além de fundamentais para a expressão de emoções como medo, surpresa ou curiosidade. Por outro lado, a queda da pálpebra leva à desarmonia facial, à impressão de cansaço ou até à aparência de que os olhos estão desviados.
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Sinais da ptose
Perceptível ao se olhar no espelho, é caracterizada pela queda de uma ou das duas pálpebras. Essa queda faz com que:
- a distância entre a pálpebra de cima e de baixo fique menor (fenda palpebral reduzida);
- a pálpebra de cima cubra mais do que os dois milímetros superiores da parte colorida do olho;
- haja o arqueamento da sobrancelha na tentativa de abrir mais o olho;
- a pálpebra cubra a pupila, bolinha preta no centro dos olhos que permite a visão;
- a pálpebra superior não apresenta a prega, como deveria.
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Como corrigir o problema nas pálpebras
A correção da ptose palpebral varia conforme a causa, mas na maioria das vezes é feito um reparo junto ao músculo levantador da pálpebra. Existem várias técnicas cirúrgicas, indicadas de acordo com a causa. O procedimento nos adultos é rápido, realizado sob anestesia local e sedação. Nas crianças, é preciso anestesia geral. O pós-operatório é tranquilo e indolor, exigindo apenas repouso relativo, compressas geladas e cuidados com a lubrificação ocular.
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Importante: nos bebês com ptose, a cirurgia deve ser realizada precocemente se a pálpebra recobrir a pupila e obstruir a visão. Nesses casos, a ausência de estímulo visual prejudica o desenvolvimento do olho e resulta em ambliopia (olho preguiçoso). Sem tratamento, a perda visual pode se tornar definitiva.
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