Todos sabem que o Brasil está passando por uma grave crise política, econômica, social, de valores, etc. Na política, ainda não sabemos quando é que os ânimos vão serenar e as pessoas vão começar a tratar de tocar suas vidas. Com a ex presidente Dilma e deputado Cunha cassados, após prolongados e dispendiosos processos, uma minoria agora grita, pelas ruas, “Fora Temer”, embora ele, como vice presidente, tivesse assumido legalmente o cargo de presidente e não existindo contra ele, pelo menos por enquanto, nenhuma processo. Ah, sim, ele foi citado em delações… mas Lula, Mercadante, Edinho, só para citar alguns nomes, também foram e continuam por aí, pregando moral. Já na economia, alguns falam que é a pior crise que o Brasil já viveu e, possivelmente, não será a última. A crise atual, que vem castigando o país há quase dois anos, também vai passar, como todas as outras.
Neste contexto, as pessoas facilmente atribuem os seu problemas financeiros, pessoais ou familiares, à crise que, em alguns casos, certamente o é. Entretanto, mesmo existindo causas externas – aumento da inflação ou mais dramáticas, como a perda do emprego ou do negócio -, é hora de verificar se o momento ruim do país é o único responsável por esses problemas.
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Uma das primeiras providências é procurar entender como tem lidado com o dinheiro, até agora. Desde que o dinheiro foi lançado na conta bancária ou entrou, em espécie, no bolso, até ser gasto o último centavo dele – ou até mais que o salário ou a renda, entrando no cheque especial -, qual foi a trajetória dele? Foi tudo no automático sem antes ter observado como se faz, ao chegar na passagem de nível de uma ferrovia, quando aquela placa de avisos alerta para parar, olhar, escutar?
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Geralmente, entramos num círculo vicioso, quer dizer, recebemos o dinheiro, pagamos as contas, às vezes, nem todas porque não deu. Isso se repete, todos os meses, invariavelmente. Por isso, antes de mais nada, é preciso fazer um diagnóstico. Durante 30 dias, se tiver salário ou renda fixa, ou durante 90 dias, se a renda for variável, anotar todas as saídas de dinheiro, desde as menores – coisinhas bobas, como se costuma dizer -, até as maiores. O importante é que essa anotação seja feita tão logo aconteça o desembolso, sob pena de esquecer algum, principalmente os de pequeno valor. Depois de trinta ou noventa dias, conforme o caso, dispor essas saídas em grupos, como despesas com moradia, alimentação, transporte, pessoais, etc. Neste momento, já é possível diminuir os gastos de 20% a 30% sem qualquer sacrifício ou perda de padrão de vida que se vinha tendo até então, apenas com o remanejamento de despesas e corte ou diminuição de desperdícios e supérfluos.
A partir do diagnóstico das despesas, devidamente tratadas, elabora-se o orçamento pessoal ou familiar, segundo o qual pretendemos conduzir nossas finanças. Mas, como resistir à promoção de um produto há muito desejado ou, então, querer compensar eventual chateação ou até briga com alguém? Antes de “se resolver” como pessoa, não há orçamento ou planilha que segure. Claro, aqui entra um componente fundamental: a disciplina.
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É preciso, primeiro, saber diferenciar entre necessidade e desejo. Mas, só disciplina por disciplina não basta; ela pode ser facilmente deixada de lado. Por isso, a disciplina deve ser seguida pela motivação para realizar algo. Focar no que motiva é mais efetivo do que apenas querer ser disciplinado. Outra dica é fazer um exercício mental, imaginando o prazer de levar para casa o objeto tão desejado; em seguida, pensar na tranquilidade de estar com a conta do banco com saldo positivo , não acordando durante a noite preocupado em como liquidar o saldo negativo do cheque especial ou o valor da compra do cartão de crédito. Isso, não tem preço.
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