Passado um ano do fim dos convênios com médicos pediatras em Santa Cruz do Sul, o presidente do IPE Saúde, Marcus Vinícius Vieira de Almeida, confirmou ontem a retomada da parceria. Em entrevista à Rádio Gazeta, Almeida disse que as tratativas com três profissionais estariam avançadas, e que ainda antes do Natal, em pouco mais de um mês, a oferta de consultas pediátricas via convênio deverá voltar.
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“Acredito que ainda neste ano, antes do Natal, teremos o convênio finalizado, com pelo menos três médicos pediatras”, prometeu o presidente do IPE Saúde. O acordo, encerrado em setembro de 2018, já foi alvo até de ação do Ministério Público.
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Na época, liminar obtida pela 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Santa Cruz do Sul obrigou o IPE a ressarcir os usuários em R$ 90,00 por consulta médica. O valor foi fixado sobre a tabela que o instituto repassava para os profissionais médicos, por atendimento em consultório. “A falta de convênio com especialistas, como os pediatras, é um problema enfrentado por cidades desenvolvidas como Santa Cruz. Nelas, o profissional opta por priorizar o atendimento particular”, justifica Almeida.
Enquanto finaliza o convênio para atendimento pediátrico em consultório, o instituto busca reatar uma parceria encerrada em 2016. O plantão médico para atendimento pediátrico está inativo há três anos. “Estamos em uma negociação avançada com os hospitais e a nossa expectativa é finalizar, até fevereiro do ano que vem, a retomada dos atendimentos em emergência por meio deste convênio.”
DENTISTA E PSIQUIATRA
Enquanto aguarda a apreciação da proposta que altera o regime do IPE Saúde, permitindo que prefeituras e entidades de classe viabilizem o convênio para seus servidores e associados, o instituto planeja ampliar serviços. Atualmente, o IPE mantém acordo com 270 prefeituras e outros órgãos não-governamentais, tornando-se um dos maiores planos de saúde do Rio Grande do Sul, com pouco mais de 1 milhão de associados. “Mas esta parceria foi questionada em ação direta de inconstitucionalidade, da qual estamos recorrendo”, explica.
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O IPE quer oficializar o regime, na Constituição do Estado. Caso isto seja possível, planeja ampliar o quadro de associados. “Se estivéssemos apenas com os servidores, teríamos um rombo de R$ 400 milhões por ano. O que nos dá sustentabilidade são os convênios com prefeituras e entidades.”
Para 2020, a meta é aumentar em 100 mil o quadro de usuários do plano de saúde e elevar assim o rol de serviços. “Com isso, poderemos atuar em outras áreas, como Odontologia e Psiquiatria, que não têm tantos convênios para atendimento hoje em dia.”
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