Ao menos 60 pessoas morreram em ataques suicidas nesta quinta e sexta na Nigéria. Nove delas morreram após a ação de duas mulheres-bomba na cidade nigeriana de Damaturu nesta sexta. Uma das suicidas tinha apenas dez anos de idade.As explosões ocorreram em uma fila onde fiéis aguardavam passar por inspeções de segurança para entrar em uma área de oração ao ar livre. Hoje é comemorado nos países muçulmanos o feriado de Eid el-Fitr, que marca o fim do mês de jejum do Ramadã.
Segundo Sani Usman, coronel nigeriano, quatro pessoas morreram na primeira explosão e cinco na segunda. Ao menos outras 18 ficaram feridas. Na quinta, 16, pelo menos 50 pessoas morreram em um mercado na cidade nigeriana de Gombe em um episódio similar.Nenhum grupo reivindicou os ataques. No entanto, casos como esses costumam ser atribuídos aos terroristas do Boko Haram.
Devido ao aumento do número de mulheres-bomba nas últimas semanas, analistas temem que a facção tenha passado a usar reféns como armas. Segundo a Anistia Internacional, os extremistas sequestraram 2.000 mulheres desde 2014.
Segundo um analista ouvido pela agência Associated Press, a maioria das mulheres-bomba leva explosivos que são acionados remotamente.
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EXTREMISTAS
O Boko Haram já matou milhares de pessoas e forçou o deslocamento de ao menos 1,5 milhão de outras nos últimos seis anos, inclusive para o Brasil. Recentemente, o grupo filiou-se à facção radical Estado Islâmico, que proclamou um califado em áreas da Síria e do Iraque.
No final de 2014, o território controlado pela milícia era do tamanho da Bélgica. Com a ajuda dos vizinhos Chade, Níger e Camarões, o Exército nigeriano conseguiu deter parte da expansão da grupo. Na próxima segunda, 20, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve receber na Casa Branca o novo presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, que prometeu pôr fim à insurgência.
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