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CRIME CIBERNÉTICO

Ataque de hackers força a Justiça a buscar alternativas

Foto: Alencar da Rosa

Investigação busca identificar origem e motivações do crime cometido quarta-feira

O blackout nos sistemas do Poder Judiciário gaúcho, fruto de um ataque cibernético, segue gerando transtornos. Em Santa Cruz do Sul, foram necessárias adaptações para que o trabalho continue a ser realizado. Em entrevista aos jornalistas Leandro Porto e Maria Regina Eichenberg, no programa Rede Social, da Rádio Gazeta FM 107,9, o diretor do Fórum de Santa Cruz do Sul e juiz da 2ª Vara Cível, André Luís de Moraes Pinto, explicou as medidas tomadas no município em razão do ataque.

“Rapidamente fizemos contato com a OAB, Ministério Público, Polícia Civil e outras instituições para estabelecer um fluxo de trabalho, de modo que a Justiça não parasse e as medidas urgentes fossem atendidas de forma adequada e com rapidez.” Segundo André, foi estabelecida uma sistemática improvisada.

“Criamos novos e-mails e priorizamos a comunicação por telefone e WhatsApp, o que permitiu que os serviços continuassem a ser prestados com a limitação natural em condições tão excepcionais.” As linhas de investigação sobre a autoria do crime cibernético são tratadas de forma reservada na cúpula do Tribunal de Justiça (TJ). Embora suspeitas tenham sido levantadas, como possíveis motivações financeiras, políticas ou até de interesse de facções, ainda não foi possível confirmar os motivos para a ação, que pode ter sido executada por um hacker de fora do País.

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Com a grande maioria das ações virtuais do TJ ainda sob ataque, tanto os processos físicos quanto os eletrônicos estão parados – os prazos processuais e administrativos foram suspensos momentaneamente.

“FOI UM ATAQUE BRUTAL”, AVALIA JUIZ
Segundo o diretor do Foro de Santa Cruz do Sul, André Luís de Moraes Pinto, o Tribunal de Justiça passou a investigar a origem e motivação do ataque. “Esse ato criminoso cibernético afetou toda a estrutura de funcionamento do Poder Judiciário. Mesmo os processos físicos são atingidos, pois o registro de decisões, a movimentação deles e a instrumentalização do cumprimento das decisões são feitos eletronicamente”, comentou André.

“Foi um ataque brutal, sem precedentes nas instituições públicas no Brasil. Algo muito sofisticado, arquitetado e bem planejado, além de eficiente”, avaliou o juiz. Em nota, o TJ disse que “estão sendo adotadas todas as medidas possíveis para o breve restabelecimento da normalidade, bem como para a identificação das causas e dos autores do ato criminoso”. “Para isso, equipes técnicas e o Núcleo de Inteligência do TJRS estão trabalhando, bem como está sendo solicitado apoio especializado do Conselho Nacional de Justiça na área.”

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