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Ataque da pulga do tabaco afeta qualidade das folhas na região

Os períodos mais longos de tempo seco e quente nos últimos meses de 2020 e no início deste ano favoreceram o ataque da praga conhecida como pulga do tabaco (Epitrix fasciata) em lavouras de diversas regiões produtoras nesta safra. O inseto geralmente agride as plantas no final do ciclo, durante a fase de colheita. Em anos de La Niña, com estiagem, temperaturas altas e clima seco, a incidência e o dano à cultura se intensificam em comparação a anos de pluviometria normal.

O gerente de Pesquisa Agrícola da empresa Alliance One, Edson Menezes, explica que a pulga impacta tanto na produtividade quanto na qualidade do tabaco. Contudo, como a colheita ainda está em andamento, e nos últimos dias as chuvas voltaram de maneira mais consistente, ele considera cedo para estimar o tamanho dos danos, mas é concreto que já existem perdas.

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Os principais sinais da incidência são as perfurações que o inseto faz nas folhas do tabaco e a própria presença da praga, que pode ser encontrada em grande quantidade nas plantas em ataques mais severos. Dependendo da severidade, conforme Menezes, podem ser registradas diversas perfurações em uma única folha, ocasionando grandes perdas quantitativas e qualitativas.

Plantas que sofreram o ataque deste inseto tendem a ficar com a qualidade inferior. De acordo com Menezes, nas folhas que foram atacadas ocorre um processo de exsudação da seiva, provocada pelas lesões (perfurações). “O resultado é um tabaco com qualidade inferior após o processo de cura”, explica. O gerente de Pesquisa Agrícola afirma que a recomendação é a aplicação preventiva de inseticidas, aprovados e recomendados pelas empresas do setor, em áreas com histórico da doença.

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Estragos causados por essa praga podem acarretar em enormes prejuízos | Foto: Alliance One

Medidas preventivas

Outras medidas de controle para minimizar os danos também devem ser adotadas, como a eliminação dos restos culturais e de plantas hospedeiras após a finalização da colheita. Menezes ainda recomenda a adoção do uso de barreiras físicas (quebra-ventos), com cana-de-açúcar, girassol e capim-elefante, dentre outras. O gerente alerta que o nome comum da praga é pulga-do-tabaco, pois alguns fazem confusão com o pulgão, outro inseto que também ataca a cultura, mas não vem gerando danos e preocupação neste momento.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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