Para todos os que têm a música como profissão ou hobby em Santa Cruz do Sul, e mesmo para os apreciadores, o nome de Astor Rocha dispensa apresentações. A história dele está de tal forma embalada pela música, mais especificamente pela bateria, instrumento do qual é mestre absoluto, que referir a bateria numa apresentação musical é, necessariamente, lembrar de Astor. E essa caminhada em igual medida está vinculada ao Colégio Marista São Luís, a sua “casa” desde quando tinha 11 anos. Ali, nesse educandário, o envolvimento com essa arte foi desencadeada por nada menos do que os antológicos Canarinhos!
Aos 59 anos, de certo modo todos os elementos de sua vida hoje confluem para a estrutura de bateria que montou e mantém em sala anexa ao ginásio do São Luís, com acesso pela portaria na Rua Tenente Coronel Brito. Ali, em seu “reino”, recebe diariamente entre 50 e 60 alunos, aos quais transmite conhecimentos. E eles vêm dos mais variados recantos da região e do Estado. Na verdade, Astor já perdeu a conta de quantos pupilos passaram por suas aulas, vários hoje espalhados pelo grande mundo e já expoentes que atuam em diferentes formações musicais.
Todo esse envolvimento com o mundo artístico e cultural começou há quase meio século. Filho único do casal Aldo Silveira da Rocha e Rufina da Rocha, ambos falecidos, nasceu no dia 23 de março de 1964. Fez os estudos iniciais na escola Goiás, até que em 1975 se submeteu a uma seleção para o icônico Coral dos Canarinhos, do Colégio São Luís, concorrendo a uma vaga de solista. Admitido, ficou aos cuidados do regente Carmo Gregory. Foi justamente Carmo quem, em 1979, sugeriu que ele disputasse vaga, em aberto, para a bateria. Astor confessa que, naquela idade, não tinha exatamente predileção ou afinidade com tal instrumento. Gregory teria dito: mas tenta!
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Foi um movimento que determinou toda a sua vida. Mais de 40 anos depois, a baqueta é a vara de condão que liga Astor à bateria, e a sonoridade que dela retira é a linguagem com a qual se comunica com a sociedade (e a encanta). Permaneceu nos Canarinhos até o encerramento das atividades do coral, em 1983, e, em paralelo, ou na sequência, sempre sob o estímulo de Gregory e também de colegas e amigos (cita em especial André Dreher e Marcello Seffrin), passou a atuar em bandas e conjuntos. Foi o caso do grupo Mensagem, e depois, por uma década, na famosa banda Cassino, bem como na banda Trama.
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Em 1983, firmou um relacionamento amoroso com Leonia Dornelles e com ela teve a filha Patrícia, de 39 anos. Hoje, vive novo relacionamento, com Ângela Fontoura, mas a convivência com a única filha é intensa. Sua relação profissional com o Colégio São Luís dura 35 anos. Vive exclusivamente da música, como profissional e como professor de bateria, desde 1989. Antes de estruturar seu completíssimo e moderno estúdio no educandário, já recebia alunos para instruí-los em sua própria casa, e em outros ambientes que mantinha com colegas.
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O virtuosismo de Astor está eternizado em gravações, a começar pelos registros dos Canarinhos, no começo da década de 1980. Depois vieram os trabalhos da banda Trama e as participações em discos de amigos, como Renato Sperb. Ao lado desses álbuns, ostenta a coleção de prêmios e menções especiais que obteve em festivais, como o da Odery, em 2007, em nível nacional. Embora já não se apresente tanto com bandas ou conjuntos, é possível vê-lo (e ouvi-lo) em ação eventualmente ao lado de Edinho Nascimento ou de Denis Job. E, claro, sua condição de mestre ganha mais visibilidade na internet: na sua página astorrocha.com, em curso online, agora oferece conhecimentos e técnicas para alunos de todos os recantos. É Astor Rocha, de Santa Cruz para o mundo.
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