A semana começou bem. A diretoria da Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul, entidade mantenedora da Casa das Artes Regina Simonis, organizou e ofereceu na manhã dessa segunda-feira, 16, um café para convidados e imprensa, com três objetivos bem específicos: divulgar o que foi feito este ano, antecipar o que vem por aí e simplesmente confraternizar. Entre os convidados, destaque para a presença do deputado estadual Adolfo Brito (PP), de Sobradinho, que, de todos que receberam a correspondência, na Assembleia Legislativa, foi o único que se abalou até aqui.
O presidente da Pró-Cultura, Milton Keller, falou em nome da diretoria e começou por agradecer a presença de todos. Foi o seu primeiro ano de gestão. “Os desafios são muitos”, iniciou ele, “e as prioridades estão sendo atacadas.” Keller lembrou que o prédio da Casa das Artes é de 1924 e foi uma das filiais do Banco Pelotense, passando a ser do Estado do Rio Grande do Sul na década de 1930 “e nos último 25 anos está cedido à nossa entidade”. Em seguida, listou tudo o que foi feito em 2019 em termos de exposições, palestras, shows, encontros culturais e “tudo o mais que estimula e contribui para a arte e a educação”.
Adolfo Brito também fez uso da palavra. Ele disse que participou de uma espécie de tour pela Casa e ficou negativamente impressionado ao constatar que o segundo piso está praticamente tomado pelos cupins. Em alguns lugares, segundo ele, “é capaz de um pé atravessar o assoalho tal é o estado de deterioração”. Brito disse que não é “homem de prometer”, mas vai levar para a Assembleia Legislativa algumas das necessidades de reforma da Casa das Artes. “Fiz várias fotos e vou mostrar para meus colegas. Vejo que aqui temos algo importante para uma obra que está se iniciando, que é o apoio da comunidade. Não sei o quanto vou conseguir, mas vou.”
Publicidade
Com a JTI, em conversa com um dos diretores da empresa, o Flávio Goulart, que está de mudança para a unidade de São Paulo, Brito já conseguiu R$ 25 mil que serão utilizados na modernização dos projetos relativos ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio. “Este é um espaço muito significativo para nós, por suas demandas culturais”, comentou Goulart. Ele lembrou que o projeto para a readequação da edificação é hoje considerado “de referência” pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). “Infelizmente esbarra na questão financeira por ser um momento de crise, muito difícil para todos nós”, lamentou ele.
Keller afirmou, no entanto, que as iniciativas não vão terminar por aí. “Precisamos do apoio permanente até conseguirmos viabilizar o nosso grande projeto, transformando a Casa das Artes em nosso centro cultural.” O arquiteto encerrou comentando que ações permanentes deverão ser cada vez mais frequentes e agradeceu o fundamental empenho de sua diretoria, muito especialmente citando os nomes das duas vice-presidentes, Carmen Pozzobon da Costa e Maria Celita Scherer; a tesoureira Isabel Zanette; mais Danúbio Zitzmann e Ronaldo Wink.
Publicidade