A Associação Riopardense para a Causa Animal (Arca) se manifestou em razão dos relatos de cães abandonados nas ruas do município. Desde 2019, existe uma lei que proíbe a soltura de animais em vias e logradouros públicos e privados, sob pena de multa. Recentemente, moradores expressaram insatisfação com o fato.
O assessor jurídico da Arca, João Francisco Rezes Gomes, classifica a situação atual do manejo e controle populacional de animais em vias públicas como caótica. “A falta de conscientização da população sobre adoção e guarda responsável de cães e gatos, somada ao descaso da Prefeitura, torna a situação insustentável na cidade.”
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Gomes diz que não existe uma boa fiscalização para o cumprimento da lei. A situação motivou, em 2021, a união de pessoas voluntárias em prol da causa animal. “A Arca é uma organização da sociedade civil e não da administração pública.” Atualmente, a Prefeitura apoia a associação apenas com cinco castrações por mês.
A Cidade Histórica não dispõe de um canil. Conforme a associação, também não há uma sede própria para abrigar os cachorros e gatos. Em caso de maus-tratos que exijam cuidados especiais ou veterinários, a associação informa que o atendimento é feito em lares temporários. “São pessoas que se disponibilizam a ficar com o animal em suas residências, pelo período do tratamento. A Arca permanece à disposição de quem franqueou o lar”, disse Gomes.
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A associação ressalta que, após o tratamento, procura-se por uma adoção responsável. “Na maioria das vezes, conseguimos um novo lar para o animal. Porém, há casos em que não ocorre a adoção no médio prazo, sendo, então, devolvido o animal para o ambiente em que se encontrava.”
A quantidade de cachorros soltos é motivo de preocupação
A quantidade de cachorros soltos no Centro de Rio Pardo tem chamado a atenção de moradores. A Gazeta do Sul, no dia 18 de dezembro, publicou matéria sobre a presença dos animais em vias públicas, sobretudo na Rua Andrade Neves. Moradores informaram que, muitas vezes, sentem-se ameaçados de serem mordidos pelos cães e dizem que se trata de um problema de saúde pública.
Na ocasião, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que, atualmente, a maioria dos animais que se encontram pelas ruas são considerados comunitários. Nessa situação, é a própria população que alimenta e fornece água. Grande parte deles são castrados e recebem cuidados de pessoas voluntárias e da Arca.
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A associação, que presta cuidado aos animais abandonados, destaca que uma das principais frentes de atuação é no tratamento, muitas vezes preventivo, de cães e gatos no ambiente onde vivem, com o manejo de antipulgas, carrapaticidas, sarnicidas e outros produtos veterinários. Também é preciso realizar a vacinação contra raiva, cinomose, parvovirose, coronavirose, adenovirose, parainfluenza, leptospirose, entre outras doenças. “Com tais ações, a associação visa o bem-estar do animal e protege a população de doenças com potencial zoonótico”, destaca João Francisco Rezes Gomes.
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Para solucionar o problema, a associação acredita que são necessárias políticas públicas para conscientizar a população, o controle populacional de cães e gatos e a adoção de medidas preventivas, como a vacinação, além do apoio do Executivo Municipal para resolver a demanda de animais de rua.
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A Gazeta do Sul entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Rio Pardo. Contudo, até o fechamento da reportagem, não houve retorno sobre a fiscalização para o controle de abandono e a criação de um ambiente para abrigar os animais. O espaço permanece aberto para manifestação.
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