Por meio de nota, a Associação dos Guardiões das Sementes Crioulas de Ibarama (Asci) está fazendo um alerta aos agricultores do município e também do Centro Serra. A entidade manifestou sua preocupação com a comercialização de sementes de milho transgênicas que está acontecendo na região.
Conforme a nota, a Associação não é responsável por estas sementes, que sequer é considerado milho crioulo. “Estas sementes que forem encastiçadas com milho transgênico não serão mais consideradas crioulas porque conterão DNA transgênico que pode ser detectado por meio de análise específica, em qualquer parte do planeta”, diz o documento.
Ainda, segundo a entidade, a comercialização destas sementes sem aprovação pela CNTbio é crime, podendo penalizar tanto quem vende quanto quem compra. “A região Central do Rio Grande do Sul contém a maior diversidade de milho crioulo de todo o Estado”, reforça a nota.
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Consequências
A nota encaminhada pela Asci também apresenta duas possíveis consequências desfarováveis à cultura das sementes crioulas em Ibarama. Uma delas é o fato de que encastiçar as variedades do milho crioulo usadas para polenta, canjica e milho verde a farão perder a identidade e as qualidades culinárias, pois o pólen do milho é levado pelo vento a quilômetros de distância.
Ainda, a comercialização das mesmas compromete o trabalho de 20 anos da Associação das Sementes Crioulas e também a realização dos Dias da Troca de Sementes Crioulas, tradicional evento que chegou a sua 17ª edição em agosto deste ano.
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