Polícia

Assessora parlamentar responde por tráfico de drogas

Uma assessora parlamentar da Câmara de Santa Cruz responde na Justiça por suposto envolvimento com o tráfico de drogas. O indiciamento ocorreu em agosto do ano passado, após uma investigação da Polícia Civil, mas ainda não houve sentença. A defesa nega as acusações

A servidora em questão, Janaína Poletto Kern, atua na Câmara desde 2017. O inquérito apontou que ela seria integrante de um grupo criminoso comandado por dois apenados do Presídio Regional. A investigação teve início no dia 17 de maio do ano passado e, no mês seguinte, foram cumpridos três mandados de busca – um destes, no apartamento da assessora, no Centro de Santa Cruz, onde foi apreendida uma porção pequena de cocaína.

“Na época, cumprimos mandados de busca e apreensão em virtude de um homicídio cometido no Bairro Arroio Grande. Apuramos quem eram os dois principais envolvidos no assassinato. No entanto, após analisarmos as provas obtidas, em uma investigação traçada em paralelo para apurar a célula criminosa que envolvia crimes de tráfico de drogas, identificamos que essa investigada prestava auxílio e ajudava esses dois na distribuição dos entorpecentes”, comentou o delegado Alessander Zucuni Garcia, titular da 2ª Delegacia de Polícia, que foi o responsável pelo inquérito. Janaína foi indiciada no dia 4 de agosto de 2021 por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

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Em nota enviada nessa terça-feira, 25, à Gazeta do Sul, o advogado criminalista Gustavo Bretana, que representa a assessora, afirmou que qualquer manifestação neste momento é “absolutamente temerária”, já que “o processo judicial sequer possui previsão de conclusão, sendo presumida a inocência”.
Segundo Bretana, a servidora é “absolutamente inocente” e “sem nenhuma ligação com o cometimento de ato lícito”. O advogado disse ainda acreditar que o processo irá resultar “no esclarecimento dos fatos e a respectiva absolvição”. “A alegação acusatória se mostra infundada e desprovida de qualquer prova judicial capaz de demonstrar a participação”, diz o texto.

Também por meio de nota, o presidente da Câmara de Vereadores, Rodrigo Rabuske (PTB), disse ter tomado conhecimento da situação nessa terça. “Esclarecemos que os assessores parlamentares são indicações dos respectivos gabinetes e o vereador que indicou aquele servidor entendeu pela manutenção do mesmo em sua assessoria, considerando que o processo ainda está em tramitação, sem decisão definitiva”, explicou.

Rabuske disse ainda que devem ser respeitados “os princípios constitucionais da presunção de inocência, da ampla defesa e do contraditório” e que a situação funcional da servidora “será avaliada em eventual hipótese de condenação, com trânsito em julgado”.

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Guilherme Bica

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