Com tendência de placar folgado a favor do governo, a Assembleia Legislativa votará nesta quarta-feira, 22, a proposta de reajuste salarial para o magistério estadual. Tudo indica que até bancadas de oposição apoiarão a matéria, embora considerem o índice oferecido insuficiente.
A proposta apresentada pelo Estado prevê um reajuste de 32%, equivalente ao aumento previsto no piso nacional da categoria em 2022. Porém, as vantagens pessoais obtidas serão absorvidas pelo subsídio. Isso significa que, na prática, quanto maiores forem as vantagens recebidas atualmente, menor será o ganho efetivo nos contracheques.
O governo só conseguiu apoio para aprovação após modificar o projeto na semana passada por pressão de aliados. Pela versão original, cerca de 30,9 mil professores não teriam ganho efetivo algum. O novo texto limita a absorção das vantagens, garantindo um reajuste mínimo de 5,53% para todos. O Piratini vem alegando que esse é o modelo viável e avançar representaria um risco para as finanças do Estado. Com a mudança, o impacto, que era estimado em R$ 650 milhões, chegará a R$ 730,6 milhões.
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Até agora, a única bancada que anunciou voto contrário é a do Novo, por entender que o momento econômico não comporta aumento de despesas públicas. O partido, no entanto, tem apenas dois deputados, o que significa que não pode virar o placar. Nessa terça-feira, 21, o Cpers/Sindicato realizou uma manifestação na Assembleia cobrando uma reposição salarial melhor.
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